A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu esta quinta-feira manter a atual estratégia de produção, que passa pelo prolongamento do acordo estabelecido em agosto passado, ou seja, de aumentos mensais de 400 mil barris por dia (bpd).
A decisão contraria os pedidos dos EUA, que, pressionados pela subida recente do barril nos mercados internacionais, queria um ritmo de aumento superior. O presidente norte-americano havia já expressado esta semana o desagrado com a estratégia do maior cartel petrolífero do mundo, acusando Rússia e Arábia Saudita de privilegiarem os seus interesses financeiros em detrimento de “aumentarem a produção para que mais pessoas possam ter gasolina para se deslocarem para e dos seus empregos”.
Questionado sobre a estratégia da OPEP face a esta pressão, o ministro russo da energia, Alexander Novak, defendeu que a decisão “reflete o facto de a procura por petróleo estar ainda sob pressão decorrente da variante Delta do coronavírus, além da manutenção de várias limitações e restrições Covid em alguns países”.
Os preços do petróleo atingiram recentemente máximos não registados desde 2014, depois de terem chegado a terreno negativo nos primeiros tempos da pandemia. Depois das notícias da decisão da OPEP, o barril de petróleo perdeu os ganhos acumulados antes da reunião, dando continuidade a uma sessão volátil para o ‘ouro negro’.
O barril de Brent negociava, às 16h15, a ganhar 0,91% até aos 82,73 dólares (71,63 euros) e o de crude a acelerar 0,64%, chegando aos 81,03 dólares (70,18 euros).
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