Os países que compõem a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) já chegaram a acordo para reduzir a produção em 1,2 milhões de barris por dia, no primeiro corte em oito anos, disse um delegado do cartel à Bloomberg, em Viena, onde ocorre a reunião da OPEP esta quarta-feira.
A confirmar-se esta redução, a produção diária entre os membros do cartel vai ser de 32,5 milhões de barris por dia, abaixo dos níveis actuais de 33,6 milhões de barris por dia.
O consenso surgiu após várias semanas de negociações, com os três membros-chave da OPEP, Arábia Saudita, Iraque e Irão a concertarem, por fim, as diferenças quanto à redução na produção, ao que o mercado reagiu com satisfação.
A Arábia Saudita terá consentido que o Irão, excecionalmente, possa aumentar a produção diária para uma quantidade a rondar os 3,9 milhões de barris. A par disto, no acordo deverá constar uma redução por volta de 600 mil barris por dia, aplicável aos países não pertencentes à OPEP. A Rússia, que não integra a OPEP, tem mostrado pouca vontade em aceitar o acordo, tendo já revelado que apenas irá cooperar quando o cartel chegar a um consenso em relação às quotas individuais de produção.
A confirmação do acordo levou os preços do petróleo a disparar, com os futuros do Brent a valorizarem 7,80% para 51,01 dólares por barril. O barril de crude avança 7,30% para 48,53 dólares.
José Correia, gestor da corretora XTB, afirma que o “acordo fomenta a valorização do petróleo, que já subiu até aos 50 dólares, valor que pode facilmente ser quebrado em alta se outros países como a Rússia seguirem a mesma linha de acção nos próximos dias. Há potencial para subidas posteriores, sendo que o WTI já negociou nos 52 dólares e o Brent nos 50 dólares”.
[Em atualização]
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