[weglot_switcher]

Operação Míriade. Marcelo diz que “instituições de investigação policial estão a fazer o que deve ser feito”

Marcelo sublinhou também que “logo que houve denúncia no final de 2019”. “[Em primeiro lugar] as Forças Armadas elas próprias desencadearam as investigações, [em] segundo a polícia judiciária militar teve um papel nessas investigações”, descreveu o Presidente da República.
8 Novembro 2021, 17h42

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, garantiu esta segunda-feira que “instituições de investigação policial estão a fazer o que deve ser feito”, quando comentava a operação Míriade, na qual a Polícia Judiciária (PJ) está a investigar suspeitas de tráfico de diamantes, ouro e droga por de militares portugueses na República Centro Africana (RCA).

“As instituições de investigação policial estão a fazer o que deve ser feito”, disse Marcelo Rebelo de Sousa à imprensa, à chegada a Cabo Verde para a tomada de posse do seu homólogo naquele país, acrescentando que o pode verificar estando “em contacto com o ministro da Defesa Nacional e confirmando o que diz o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, bem como o Estado Maior das Forças Armadas que saiu como comunicado”.

Hoje, a PJ levou a cabo a 100 mandatos de busca, 95 buscas domiciliárias e cinco buscas não domiciliárias e também avançou com o cumprimento de dez mandados de detenção emitidos pelo Ministério Público, tendo assim surgido a megaoperação “Míriade”.

Marcelo sublinhou também que “logo que houve denúncia no final de 2019”. “[Em primeiro lugar] as Forças Armadas elas próprias desencadearam as investigações, [em] segundo a polícia judiciária militar teve um papel nessas investigações”, descreveu Marcelo, completando que “a polícia judiciária passou a intervir” no sentido “de haver um papel fundamental nas investigações ao longo de 2020 e 2021”.

“A ideia é levar as investigações o mais longe possível para apurar o que se passa”, referiu o Chefe de Estado, que também acredita ser preciso “confirmar se são ou não são casos isolados”. “Como à primeira vista há quem entenda que seja, se são casos isolados e portanto não afetam em termos de generalização”, frisou, em declarações transmitidas pela RTP.  Quanto ao prestígio das Forças Armadas, segundo Marcelo “está exatamente o mesmo que pude verificar em março de 2018 com destino à Republica Centro Africana”.

Por sua vez, também o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva,  reagiu à investigação, esta segunda-feira, e defendeu que “naturalmente” o suposto esquema  nunca deveria ter acontecido. Santos Silva destacou ainda o papel “unanimemente reconhecido” pelos militares portugueses em missões internacionais. O governante admitiu ainda que o país tem apoio para continuar a participar em missões internacionais.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.