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Operação Tutti Frutti: PGR reforça equipa para investigar Medina e Cordeiro

Cinco magistrados do Ministério Público e cinco inspetores da PJ vão estar a trabalhar exclusivamente na investigação da operação Tutti Frutti, que tem como principais visados dois membros do Governo: Fernando Medina e Duarte Cordeiro.
12 Junho 2023, 17h12

A Procuradora-Geral da República anunciou esta segunda-feira a constituição de uma equipa especial para concluir a investigação decorrente da operação Tutti Frutti, que tem como principais visados os ministros das Finanças e do Ambiente e Ação Climática, Fernando Medina e Duarte Cordeiro, respetivamente.

O anúncio feito esta tarde pelo gabinete de Lucília Gago refere que cinco magistrados do Ministério Público e cinco inspetores da Polícia Judiciária (PJ) vão estar alocados exclusivamente a esta operação.

“Atenta a natureza dos factos objeto do inquérito e da prova, a equipa será apoiada permanentemente por um especialista de perícia científica adstrito às pesquisas informáticas, encontrando-se ainda prevista a colaboração de um magistrado do MP especializado em direito administrativo e direito de contratação pública, na vertente autárquica”, lê-se no comunicado.

O inquérito tem por objeto “factualidade de grande sensibilidade e evidente repercussão social, avultando a tecnicidade da matéria, a natureza e volume das diligências já realizadas e das que importará ainda realizar e a qualidade e funções das pessoas visadas, tendo sido declarada a sua excecional complexidade”, acrescenta o mesmo documento.

A operação teve início há seis anos mas foram recentemente revelados novos dados, numa investigação conduzida pela TVI/CNN no último mês, que evidenciam uma alegada conspiração entre dirigentes do PSD e PS para negociar e combinar os lugares políticos nas eleições autárquicas.

Dois dos visados de maior destaque são Medina e Cordeiro. O primeiro é investigado na qualidade de ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Contudo, ainda ninguém foi constituído arguido no decorrer da investigação.

O processo encontra-se sob segredo de justiça.

 

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