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Oracle reporta subida de 95% no lucro no segundo trimestre do ano fiscal

O lucro operacional subiu 12% para os quatro mil milhões de euros e as Remaining Performance Obligation (ou RPO, termo referente ao total de receita contratada que ainda não foi entregue) tiveram um crescimento de 438% para os 447,1 mil milhões de euros.
9 – Larry Ellison (109 mil milhões de dólares)
11 Dezembro 2025, 10h10

A Oracle reportou uma subida de 14% na sua receita total no segundo trimestre do ano fiscal de 2026 para os 16,1 mil milhões de dólares (13,7 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual). O lucro operacional subiu 12% para os 4,7 mil milhões de dólares (quatro mil milhões de euros) enquanto que o lucro líquido aumentou 95% para os 6,1 mil milhões de dólares (5,2 mil milhões de euros).

O lucro por ação (EPS na sigla inglesa) aumentou 91% para os 2,10 dólares (1,80 euros) enquanto que as Remaining Performance Obligation (ou RPO, termo referente ao total de receita contratada que ainda não foi entregue) tiveram um crescimento de 438% para os 523 mil milhões de dólares (447,1 mil milhões de euros).

As receitas geradas pelo sector da cloud (ou nuvem na tradução portuguesa) cresceram 34% para os oito mil milhões de dólares (6,8 mil milhões de euros) face ao ano anterior.

Em termos de receita gerada pela infraestrutura da nuvem verificou-se um crescimento de 68% para os 4,1 mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros).

As receita geradas pela área de aplicações da nuvem aumentaram 11% para os 3,9 mil milhões de dólares (3,3 mil milhões de euros), enquanto que as da ‘fusion cloud’ subiram 18% para os 1,1 mil milhões de dólares (940 milhões de euros), e as da ‘NetSuite Cloud’ subiram 13% para os mil milhões de dólares (850 milhões de euros).

Já as receitas do setor de software caíram 3% para os 5,9 mil milhões de dólares (cinco mil milhões de euros).

“As RPO aumentaram 68 mil milhões de dólares (58,1 mil milhões de euros) no segundo trimestre — um aumento de 15% face ao trimestre anterior, totalizando 523 mil milhões de dólares (447,1 mil milhões de euros) — impulsionadas por novos compromissos da Meta, Nvidia e outras empresas. […]. Os nossos lucros por ação foram impactados positivamente por um ganho de 2,7 mil milhões de dólares (2,3 mil milhões de euros) antes de impostos com a venda da participação da Oracle na nossa empresa de chips Ampere”, disse o diretor financeiro da Oracle, Doug Kehring.

Já o chairman e diretor de tecnologia da Oracle, Larry Ellison, referiu que a venda da Ampere aconteceu porque a Oracle “já não considerava estratégico continuar a conceber, fabricar e utilizar” os seus próprios chips nos seus centros de dados na nuvem.

“Estamos agora empenhados numa política de neutralidade dos chips, na qual trabalhamos em estreita colaboração com todos os nossos fornecedores de unidades de processamento central (CPU) e unidades de processamento gráfico (GPU). É claro que continuaremos a comprar os GPU mais recentes da Nvidia, mas precisamos de estar preparados e aptos para implementar quaisquer chips que os nossos clientes desejem comprar. Haverá muitas mudanças na tecnologia de inteligência artificial nos próximos anos e devemos manter-nos ágeis em resposta a essas mudanças”, acrescentou Larry Ellison.

Já o CEO da Oracle, Clay Magouyrk, considerou que a empresa “é muito boa a construir e operar” centros de dados na cloud de alto desempenho e baixo custo.

“Há anos que a Oracle investe em inteligência artificial (IA) e na criação de software autónomo para a nuvem. A Base de Dados Autónoma e o Linux Autónomo da Oracle têm sido fundamentais para reduzir o trabalho humano e os erros humanos nos nossos centros de dados. Como os nossos centros de dados são altamente automatizados, podemos construir e operar mais deles. A Oracle tem mais de 211 regiões em funcionamento e planeadas em todo o mundo — mais do que qualquer um dos nossos concorrentes na nuvem. Já concluímos mais de metade da construção de 72 centros de dados Oracle Multicloud, que serão integrados nas nuvens da Amazon, Google e Microsoft. Estamos comprometidos com a neutralidade da nuvem porque acreditamos que os nossos clientes devem poder executar as suas bases de dados Oracle em qualquer nuvem que escolherem”, referiu Clay Magouyrk.

O CEO da Oracle, Mike Sicilia, adiantou que a formação em inteligência artificial e a venda de modelos de IA são negócios “muito grandes”.

Apesar disso Mike Sicilia salientou que a Oracle acredita que existe uma oportunidade “ainda maior” que reside em  incorporar a inteligência artificial numa variedade de produtos diferentes.

“A Oracle está numa posição única para incorporar a inteligência artificial em todas as três camadas dos nossos produtos de software: o nosso software Cloud Datacenter, o nosso software Autonomous Database and Analytic e as nossas aplicações de software. Todos estes três negócios de software da Oracle já são grandes — a inteligência artificial vai torná-los ainda melhores e maiores. A inteligência artificial permite-nos automatizar processos complexos de várias etapas que eram impossíveis de automatizar antes da inteligência artificial. A IA está a permitir-nos automatizar a concessão de empréstimos e a quantificação de riscos para os bancos e os seus clientes”, concluiu o CEO da Oracle, Mike Sicilia.


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