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Ordem dos Médicos alerta que Portugal está apenas atrás da Suécia no rácio de novas infeções

A Ordem dos Médicos apresenta 12 medidas para mitigar a pandemia da Covid-19 em Portugal, incluindo estádios sem adeptos. A Ordem também critica a “afirmação que há mais casos positivos no nosso país porque se testa mais”, considerando-a “descontextualizada e socialmente desadequada” ao promover uma “falsa sensação de segurança”.
  • Lisboa, Portugal
23 Junho 2020, 08h22

A Ordem dos Médicos avisou hoje que Portugal não pode descurar os esforços na luta contra a Covid-19 pois os dados demonstram que a luta contra a pandemia está longe de estar terminada.

O número de casos de Covid-19 registados na última semana colocam Portugal com o “segundo pior rácio de novas infeções por cada 100 mil habitantes entre os 10 países europeus com mais contágios, apenas atrás da Suécia”.

A Ordem defende assim que o “desconfinamento em curso, deve exigir a todos, inclusive à população supostamente de menor risco, a máxima responsabilidade e a estrita adesão às medidas de saúde pública em vigor, de modo a evitar retrocessos com consequências muito prejudiciais para o país”.

Outro dado destacado pela Ordem dos Médicos é que Portugal é o sétimo país da União Europeia com mais testes efetuados, pelo que a “afirmação que há mais casos positivos no nosso país porque se testa mais, está descontextualizada e é socialmente desadequada ao promover a falsa sensação de segurança de que nos outros países há mais casos do que os reportados. Esta falsa sensação de que estamos, igual ou melhor do que os outros países, prejudica o cumprimento das medidas de contenção da doença”.

A Ordem dos Médicos defende assim a aplicação de 12 medidas para travar novos casos de Covid-19 em Portugal:

  1. – Uso obrigatório de máscara em locais públicos;
  2. – Distanciamento social de 2 metros em locais públicos;
  3. – Medidas de higiene preconizadas pela DGS;
  4. – Evitar reuniões/encontros com mais de 10 pessoas;
  5. – Adiar festas públicas, que não possam cumprir as medidas de segurança coletiva;
  6. – Manter estádios sem adeptos;
  7. – Nos aviões e aeroportos reforçar as medidas de segurança e proteção individual e coletiva, incluindo a generalização da tripla avaliação epidemiológica, e a possibilidade de
    testar e de quarentena em todos os casos que o justifiquem;
  8. – Nos centros comerciais, escolas, lares e praias cumprir de forma escrupulosa as medidas
    em curso;
  9. – Implementar nos locais de trabalho horários desfasados para os colaboradores, o
    teletrabalho quando adequado, e as medidas preconizadas pela DGS;
  10. – Implementar aplicação digital que ajude no rastreio de contactos ao nível do
    internamento e da saúde pública;
  11. – Comunicação clara, transparente, objetiva e centrada nas medidas preventivas;
  12. – Dinamizar uma prevenção ativa através de vigilância e fiscalização massiva do
    cumprimento das medidas de contenção e proteção individual e coletiva.
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