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Os ‘comendadores’ sem capital que tomaram o BCP

Na guerra no BCP, em 2007, Pinhal alertou direção de auditoria para uma “anormal coincidência” entre o crédito aos acionistas apoiantes de Teixeira Pinto e a entrada daqueles nos órgãos sociais. “Foi feita uma análise faz de conta”, diz. Banco de Portugal foi informado.
  • Cristina Bernardo
17 Maio 2019, 10h10

A audição de Joe Berardo no Parlamento trouxe de volta à atualidade a guerra acionista que dilacerou o BCP em 2007, na qual o comendador desempenhou um papel de relevo. Mas Berardo, que comprou ações do BCP com um empréstimo de 350 milhões de euros concedido pela CGD, não estava só, fazendo parte do chamado “grupo dos sete”.

Em comum, para além dos títulos honoríficos (ver acima), da ligação ao “Compromisso Portugal” e da oposição a Jardim Gonçalves, estes acionistas tinham o facto de dependerem de crédito concedido pelo próprio BCP, pela CGD e BES, tendo comprado ações do banco nos primeiros quatro meses de 2007, sem disporem de meios financeiros próprios para o fazerem.

Juntamente com outros acionistas de referência, o chamado “grupo dos sete” – Manuel Fino, Bernardo Moniz da Maia, Vasco Pessanha, Joe Berardo, João Pereira Coutinho, Filipe de Botton e Diogo Vaz Guedes – apoiou o CEO Paulo Teixeira Pinto contra o histórico presidente do conselho geral e de supervisão, Jorge Jardim Gonçalves. O fundador era acusado de ter um estilo de vida luxuoso à custa do BCP e, embora ainda hoje negue ter cometido qualquer crime, foi posteriormente condenado em tribunal por manipulação do mercado, devido à utilização de offshores pelo banco.

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