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Os ensinamentos do mestre Buffett na hora de investir

Ao longo da sua carreira, Warren Buffett admitiu erros e fracassos nas suas aquisições e investimentos e admite que a sua gestão é pouco baseada em fórmulas complexas de análise financeira.
  • Carlos Barria/Reuters
15 Outubro 2019, 18h30

É possivelmente o nome mais reconhecido no universo dos investimentos. Warren Buffett é o dono da Berkshire Hathaway e tornou-se bilionário nos anos 60 devido a vários investimentos nos setores financeiros, bens de consumo e infraestruturas. Atualmente com 88 anos de idade, Buffett tem uma fortuna avaliada em 81,5 mil milhões de dólares (74,1 mil milhões de euros) e é a personalidade a seguir no mundo dos negócios.

Por ser um investidor experiente, o amigo de Bill Gates detém participações na Apple, na Coca-Cola, Wells Fargo, Amazon, General Motors, Goldman Sachs, Johnson & Johnson, Mastercard e da Kraft Heinz, além de muitas outras empresas. A lista de subsidiárias adquiridas conta com mais de 20 empresas.

Nos últimos 40 anos, Buffett foi por muitos considerado um guru quando se trata de investir e por isso, ao longo destes anos tem partilhado alguns segredos com empresários e investidores numa carta aberta. Estes segredos têm sido passados religiosamente ano após ano para que outros investidores tenham tanto sucesso como o próprio, sendo um documento de leitura obrigatória para muitos seguidores de Buffett.

Ao longo da sua carreira, Warren Buffett admitiu erros e fracassos nas suas aquisições e investimentos e admite que a sua gestão é pouco baseada em fórmulas complexas de análise financeira, tendo como base o bom-senso e sensibilidade própria para perceber qual o valor real da empresa em causa.

O primeiro mandamento está ligado a um fracasso na vida profissional de Buffett em relação a falsos produtos baratos. Em 1979 adquiriu a Waumbec Mills, que estava à venda num período de crise e cujo preço de venda da empresa estava abaixo do valor de mercado. O empresário adquiriu a empresa mas com o setor têxtil em crise, o negócio acabou mesmo por falir

“Um contexto empresarial de acelerada mudança e instabilidade pode oferecer oportunidade de lucro rápido mas sacrifica a estabilidade” é o segundo conselho de Buffett. A aposta deve focar-se em empresas não atrativas cujos produtos são necessários e não em empresas revolucionárias que podem mudar do dia para a noite.

Não tem necessidade financeira de trabalhar mas gosta do que faz? Pode ser a próxima aquisição para a Berkshire Hathaway. O terceiro homem mais rico do mundo sustenta que quem mantém as empresas em funcionamento são os diretores e gestores, contrariando o pensamento de que seriam os líderes e fundadores. Estes gestores devem gostar do trabalho que desempenham e não ter necessidade financeira para trabalhar.

Warren Buffett viajou no tempo e parou em 1991, quando a Berkshire adquiriu a H.H. Brown Shoe Company. O diretor-executivo da empresa manteve-se, a empresa dava lucro e na companhia não existiam bónus garantidos nem eram oferecidas ações da empresa aos líderes, sendo-lhes entregue o salário com uma percentagem dos lucros após ser deduzido o capital empregue para gerar lucros.

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