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Os recados de Marcelo deixados nas comemorações do 10 de Junho na Madeira

Marcelo Rebelo de Sousa chegou na segunda-feira à noite à Madeira, nesta que é a segunda vez que se comemora o 10 de Junho na Região.
11 Junho 2021, 13h16

O Presidente da República esteve estes últimos dias na Madeira para as comemorações do 10 de Junho, as primeiras desde o início do seu segundo mandato. Durante estes dias Marcelo Rebelo de Sousa deixou vários recados ao povo português, bem como às figuras do panorama político nacional.

No seu discurso oficial começou por realçar aos portugueses que a vida continua depois do surgimento da pandemia da Covid-19.

O chefe de Estado referiu-se ao Mar e aos Oceanos como um desafio para o futuro, que faz crescer o nosso espaço físico e geoestratégico, bem como o nosso universalismo.

Marcelo Rebelo de Sousa não deixou de se referir a António Guterres, que acaba de ser reconduzido para um segundo mandato como Secretário-Geral das Nações Unidas, como símbolo desse tal universalismo português.

O tecido empresarial, ferido pela pandemia, deve ser reconstruído, a pensar já em 2030, 2040, 2050, e a ‘bazuca’ europeia não deve ser desperdiçada, como no passado aconteceu com o ouro, com a prata, com as especiarias e mais recentemente com alguns fundos comunitários..

No discurso oficial ainda referiu a questão da imigração, salientando a importância de acolher os imigrantes.

Os governantes madeirenses fizeram questão de aproveitar a estada do Presidente da República na Ilha para vincarem a sua pretensão de aprofundamento da autonomia. O Chefe de Estado destacou, nesse sentido, que o Presidente da República não tem intervenção em matéria de revisão constitucional.

Marcelo Rebelo de Sousa pronunciou-se sobre a polémica escolha do Governo do nome de Pedro Adão e Silva para presidir às comemorações dos 50 anos do 25 de abril, bem como aos gastos inerentes. O Presidente da República referiu que esta foi uma escolha do Governo que contou com o seu aval. O chefe de Estado português frisou que não vê razão substancial para que Pedro Adão e Silva não exercesse essa função, apontando-lhe qualidades de conhecimento da matéria e imaginação inventiva.

Já sobre a também polémica partilha de dados de ativistas russos por parte da Câmara de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa considerou a situação lamentável, salientando que estão em causa direitos fundamentais.

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