Os riscos de recessão mundial e instabilidade provocada por Donald Trump vão alimentar a procura global por ouro nos próximos tempos.
O Goldman Sachs já está a ver o ouro atingir os 4 mil dólares por onça em meados de 2026. O metal precioso subiu 7% na semana passada e atingiu um novo recorde de 3.425 dólares por onça na segunda-feira.
Antes, o banco vê o ouro a atingir 3.700 dólares por onça até ao final do ano.
A casa de investimento norte-americana diz que as compras por bancos centrais e fundos soberanos vão atingir 80 toneladas por mês ao longo deste ano, acima da previsão anterior de 70 toneladas, segundo a “Bloomberg”.
Os riscos de recessão a nível mundial também vão contribuir para o investimento em ouro, com o Goldman Sachs a prever 45% de possibilidade de acontecer.
Se se confirmar o recuo económico global, os preços do ouro vão subir para 3.880 dólares por onça até ao final deste ano.
O banco suíço antecipa uma forte procura por parte de vários segmentos do mercado, incluindo bancos centrais, gestores de ativos, fundos e investidores de retalho, perante a incerteza global que aumenta a procura por ativos de refúgio como o ouro.
Os analistas apontam que a procura por fundos pode exceder o registado em 2020, durante a pandemia da Covid-19, mas que não deverá atingir o pico registado em 2012/2013, com a base de investidores a ser alargada desde o choque financeiro de 2008.
Ambos os bancos mantiveram a sua aposta no ouro face ao relatório anterior publicado em março, num ambiente macroeconómico global dominado pelas políticas de Donald Trump.
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