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Cidades asiáticas têm o custo de vida mais elevado. Lisboa cai duas posições no ‘ranking’

 A cidade angolana de Luanda, que já foi considerada a cidade mais cara do mundo, apresentou uma descida de 20 posições e encontra-se agora no 26º lugar, de acordo com o ‘ranking’ da consultora Mercer.
26 Junho 2019, 00h01

O novo estudo global da Mercer, divulgado esta quarta-feira, reflete o custo de vida de vários países  a nível mundial em 2019. O estudo da consultora financeira analisa diversas áreas, como o preço dos combustíveis, o custo de uma refeição fast-food, o valor de um bilhete de cinema, de um café e de um par de calças de ganga.

No pódio de países com o custo de vida mais caros encontram-se Hong Kong, em primeiro lugar, Tóquio, na segunda posição, e Singapura em terceiro. Dos primeiros 10 lugares, oito pertencem a países asiáticos, um europeu e um norte-americano. As cidades mais caras neste estudo fixam-se nesses lugares devido aos elevados custos de bens de consumo e à dinâmica do mercado residencial. Em quarto lugar encontra-se Seul, Zurique em quinto e Xangai em sexto. Já Asgabate está em sétimo, Pequim em oitavo, Nova Iorque encontra-se quase no último lugar do ‘Top10’, enquanto Shenzhen está em último.

Lisboa, por sua vez, desceu duas posições neste ranking, passando para o 95º lugar. No ano passado, a capital portuguesa tinha apresentado uma subida expressiva de 44 posições, mas este ano estabilizou. Ainda assim, o estudo conclui que o preço da gasolina em Lisboa é dos mais elevados, tendo em conta as restantes 208 cidades do estudo global. Apesar dos preços das habitações em Lisboa continuarem em permanente subida, Hong Kong fica à frente. Um apartamento T3 nas zonas nobres pode rondar 3.150 euros na capital portuguesa, enquanto em Hong Kong mantêm-se perto dos 13 mil euros.

“O custo de vida é uma importante componente para o investimento económico numa determinada cidade”, diz Tiago Borges, da Mercer. “Os decisores têm cada vez mais em conta que a globalização está a desafiar as cidades a informar, inovar e competir de forma a promover os fatores que atraem as pessoas e o investimento – as chaves para uma cidade do futuro”, acrescenta.

Nova Iorque é a cidade utilizada como referência para as comparações. A cidade dos Estados Unidos da América subiu quatro posições e alcançou então a nona posição. “Apesar do aumento moderado de preços em grande parte das cidades europeias, as moedas europeias enfraqueceram face ao dólar, o que levou grande parte das cidades a baixar no ranking”, explica Tiago Borges.

A cidade angolana de Luanda, que já foi considerada a cidade mais cara do mundo, apresentou uma descida de 20 posições e encontra-se agora no 26º lugar. As cidades menos caras são Tunes, que se encontra na última posição do ranking, Tashkent e Karachi.

Embora os preços nas cidades do Médio Oriente tenham apresentado aumentos, Telavive continua a ser a cidade mais cara desta zona, estando em 15º lugar. Dubai fixou-se em 21º, Abu Dhabi encontra-se no 33º lugar, e Riade em 35º.

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