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Países com petróleo do Golfo Pérsico estão mais bem preparados para as tarifas comerciais

A Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein, Kuwait, Omã e Catar, países que compõem o Conselho de Cooperação do Golfo, representam cerca de 3,2 biliões em ativos financeiros soberanos, o que corresponde a 33% do total de ativos soberanos em todo o mundo.
9 Abril 2025, 14h37

Os países da região do Golfo Arábico estão em melhor posição para gerir o impacto económico das tarifas comerciais anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, referem economistas desta região. No entanto, o preço instável do petróleo pode colocar em risco os orçamentos e o plano de investimentos de alguns países.

Segundo a “CNBC”, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein, Kuwait, Omã e Catar, países que compõem o Conselho de Cooperação do Golfo, representam cerca de 3,2 biliões em ativos financeiros soberanos, o que corresponde a 33% do total de ativos soberanos em todo o mundo. Para além disso, estes países são também responsáveis por 32,6% das reservas de petróleo bruto do mundo.

Este dado é um valioso trunfo dos países para fazerem face à administração de Trump. Contudo a descida dos preços do petróleo podem ter um impacto nos déficits orçamentais e para os planos de gastos das economias.

Ben Powell, chefe de investimento e estratégia para a Ásia e Médio Oriente da BlackRock, afirma que “todos os países serão arrastados para o remoinho nos próximos tempos. Mas o Médio Oriente, com a solidez do balanço patrimonial que possui, e com o apoio energético que ainda possui, deve ser um vencedor nesta situação”.

Contudo, desde que foram anunciadas as tarifas, os preços do petróleo têm estado em queda, com o Brent a perder 5,44%, para 59,37 dólares por barril, e o WTI desce 5,76% para 56,19 dólares.

O petróleo renovou mínimos de quatro anos, nos últimos dias, depois de temores de uma possível recessão nas maiores economias do mundo e das tarifas comerciais anunciadas pelos Estados Unidos e pela China.

De acordo com a “CBC”, a Arábia Saudita precisa de vender o barril a 90 dólares, para equilibrar o orçamento. As perspetivas da Goldman Sachs apontam que o barril de Brent custe 58 dólares em 2026 e o de WTI fique nos 55 dólares.

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