Pandemia com tendência “elevada a decrescente”, bem como mortalidade

As autoridades de saúde nacionais classificam a pandemia como mostrando uma tendência “estável a decrescente”, cenário que se estende igualmente à mortalidade pela doença, ainda que a incidência se mantenha elevada.

No mais recente relatório de monitorização das linhas vermelhas da pandemia, divulgado esta sexta-feira, a transmissibilidade e gravidade da situação pandémicas são ainda vistas como elevadas, mas o seu impacto é considerado reduzido, dada a baixa pressão nos serviços de saúde.

A incidência da Covid-19 mantém-se em terreno vermelho, com a média móvel a 14 dias de 294 casos confirmados de infeção por 100 mil habitantes a ultrapassar o limite de 120 definido pelo Governo como compatível com uma situação de risco reduzido. Apenas no Algarve a incidência da doença ultrapassa os 480 casos confirmados por 100 mil habitantes, faz saber o relatório.

Entre os cidadãos com mais de 65 anos, este indicador permanece igualmente acima do limite definido de 120, estando agora nos 127 casos confirmados por 100 mil habitantes.

Já o risco de transmissibilidade, o chamado R(t), permanece abaixo de 1,0 para o território nacional como um todo e na generalidade das regiões. Apenas no Norte e Centro este limite é atingido e ultrapassado, mostrando uma tendência “estável a crescente” da doença.

A ocupação de camas em unidades de cuidados intensivos (UCI) situa-se nas 140, ou 55% do limite definido pelo Governo, que corresponde a 255 camas Covid ocupadas nas UCI dos hospitais nacionais.

Ao nível da testagem, a proporção de testes positivos para a SARS-CoV-2 foi de 4%, o que situa este indicador precisamente no limiar definido pelas autoridades de saúde para uma situação de risco pandémico reduzido. Ainda assim, este valor constitui uma redução em relação ao verificado no anterior relatório, quando se atingiu uma positividade de 4,4%.

Simultaneamente, a proporção de casos notificados com atraso foi de 4,5%, o que corresponde a uma queda em relação ao último relatório, que mostrou 5,6% de casos notificados com atraso. No que toca a rastreamento e isolamento, o documento menciona uma taxa de 98% no isolamento nas 24 horas seguintes a um teste positivo e ao rastreamento e isolamento de todos os contactos de um doente em 85% dos casos.

A variante Delta, faz ainda saber a nota, é agora responsável por 100% dos novos casos confirmados de Covid-19 em Portugal.