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Pandemia encurtou em 10 anos almofada financeira das pensões

Na notícia avançada pelo “Público”, na análise da sustentabilidade do sistema de Segurança Social, o Governo, 2020, apontava que os primeiros saldos negativos do sistema providencial chegassem “no final da década de 2020”. Agora, na proposta de OE para 2021, os números apresentados mostram que na verdade o primeiro défice é agora esperado alguns anos mais cedo.
25 Outubro 2020, 09h43

Bastaram dez meses para que se tivesse encurtado em uma década o prazo previsto até ao esgotamento do fundo que serve de almofada financeira para o sistema de pensões. Este tombo nas pensões foi provocado por uma contracção recorde da economia e um aumento abrupto das necessidades de apoios sociais por parte dos portugueses motivados pela pandemia.

Segundo a notícia avançada pelo “Público“, este domingo, no Orçamento de Estado (OE) para 2020, na análise da sustentabilidade do sistema de Segurança Social, o Governo apontava que os primeiros saldos negativos do sistema providencial chegassem “no final da década de 2020”. Agora, na proposta de OE para 2021, os números apresentados mostram que na verdade o primeiro défice é agora esperado alguns anos mais cedo.

Nos números publicados, referentes apenas aos últimos anos de cada década (2030, 2040, 2050 e 2060), verifica-se que se está a antecipar um défice bem mais elevado em 2030. No OE 2020, o défice projectado era de 424 milhões de euros e agora é de mais do dobro: 987 milhões. Um resultado mais negativo que faz supor que o primeiro défice se possa verificar alguns anos antes do final da década.

Depois, relativamente ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, que começa a ser usado a partir do momento em que se registam défices, as diferenças entre as projecções feitas no OE2020 e no OE2021 são muito significativas. Há dez meses, o executivo previa “um esgotamento do fundo na segunda metade da década de 2050”. Agora, estima que “o fundo se esgote na segunda metade da década de 40”.

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