O verão de 2020 ficou marcado pelos bloqueios nos corredores aéreos e as restrições sanitárias devido à pandemia da Covid-19, o que levou a que se registasse uma redução de 70% no número de portugueses que arriscou viajar entre 1 de junho e 31 de agosto, face a igual período de 2019.
Os dados avançados pela Revolut, indicam que aqueles que optaram por passar as férias no estrangeiro escolheram Espanha, Reino Unido e França como principais destinos turísticos e gastaram menos 78% do que no período homólogo do ano passado. Em 2019, os destinos de eleição eram os Estados Unidos e Itália que, desta vez, ficaram fora do mapa dos utilizadores.
Para a análise destes dados, a fintech analisou os hábitos de consumo dos mais de 500 mil utilizadores portugueses e concluiu que todos os indicadores de despesa ficaram, em 2020, muito abaixo dos níveis de 2019, sendo que o setor mais afetado foi o da hotelaria que registou perdas no volume dos pagamentos feitos a partir dos cartões Revolut na ordem dos cinco milhões de euros.
Portugueses gastaram mais cá dentro do que lá fora
Também o turismo lá fora foi dos setores mais afetados, dado que, segundo os dados da fintech, registou-se uma queda de 32% nas reservas de hóteis no estrangeiro. Em compensação, os portugueses que viajaram gastaram 1,6 vezes mais em alojamentos locais (que incluem Airbnb e reservas em apartamentos), em 2020 do que em igual período de 2019. Assim, o arrendamento de casas e apartamentos através do Airbnb representou 8% de todo o dinheiro gasto em reservas em 2019. Já em 2020, este valor ascendeu a 32%.
A Revolut indica ainda que, com base na análise dos gastos no mercado interno e externo, foi possível perceber Os portugueses privilegiaram o mercado interno e gastaram 1,8 vezes mais este ano. Em 2019, os gastos dos portugueses, durante este período, representaram 29% do valor total, enquanto em 2020 este número disparou para 75%.
Em termos de levantamentos em caixas automáticas (ATM), durante o mesmo período de análise, os portugueses que viajaram para fora de Portugal levantaram 1,9 milhões de euros, uma redução em comparação com o ano anterior, altura em que se contabilizaram levantamentos na ordem dos nove milhões de euros.
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