O nome de Wopke Hoekstra, ministro das Finanças holandês, já foi desconhecido, mas em 2020 ganhou destaque depois do primeiro-ministro português ter considerado “repugnantes” as declarações de Hoekstra sobre investigar países como Espanha que diziam não ter margem orçamental. Agora, o seu nome volta a surgir, mas associado ao caso Pandora Papers.
Segundo o “DutchNews” o ministro das Finanças, Wopke Hoekstra, está a ser criticado depois de, no fim de semana, ter sido divulgado que transferiu 26.500 euros através de uma empresa sediada nas Ilhas Virgens Britânicas.
A “Financieele Dagblad” e a “Trouw” divulgaram a informação com base nos Pandora Papers, o último conjunto de documentos que revela as empresas especializadas em elisão fiscal. A investigação “Pandora Papers” expôs “segredos financeiros” de 35 líderes mundiais (atuais e antigos) e de mais de 330 políticos e funcionários públicos, de 91 países e territórios, entre os quais Portugal.
Entre os portugueses envolvidos na “Pandora Papers”, o “Expresso” avançou que Nuno Morais Sarmento, atualmente vice-presidente do PSD, foi o beneficiário de uma companhia offshore registada nas Ilhas Virgens Britânicas. Por sua vez, Vitalino Canas teve uma procuração passada para atuar em nome de uma companhia, também registada nas Ilhas Virgens Britânicas, para abrir contas em Macau e Manuel Pinho era o beneficiário de três companhias offshore e transferiu o seu dinheiro para estes paraísos fiscais quando quis comprar um apartamento em Nova Iorque.
De recordar que em 2020, durante cimeira na Espanha, Costa referiu-se como “repugnante” e excessiva a uma declaração do ministro das Finanças da Holanda na qual defende que a Comissão Europeia devia investigar países como Espanha, que indicavam não ter margem orçamental para responder ao impacto da crise motivada pela pandemia.
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