A Pandora teve receitas de 28,1 mil milhões de coroas dinamarquesas (3,8 mil milhões de euros) em 2023, o que corresponde a um aumento homólogo de 8%, revelou esta quarta-feira a joalheira dinamarquesa na apresentação oficial dos resultados trimestrais.
A empresa com sede em Copenhaga, fundada em 1982 pelo casal de ourives Per e Winnie Enevoldsen, anunciou também um programa de recompra de ações de até quatro mil milhões de coroas dinamarquesas (cerca de 537 milhões de euros) e um dividendo de 18 coroas dinamarquesas por ação (2,41 euros).
Em 2023, a marca das pulseiras de contas – as célebres peças para diferentes ocasiões – abriu 223 lojas. Entre os países-chave (Estados Unidos, China, Reino Unido, Itália, Austrália, França e Alemanha), só os mercados chinês, italiano e australiano registaram quedas, de 18%, 2% e 6%, respetivamente.
Em termos quantitativos, a Pandora vendeu 107 milhões de peças de joalharia em 2023, mais quatro milhões do que em 2022, à boleia da estratégia de negócio “Phoenix”, cujos verticais são marca, design, personalização e mercados core (Estados Unidos e China).
O lucro por ação aumentou para um recorde de 55,5 coroas dinamarquesas (7,44 euros). A margem bruta fechou o ano nos 78,6%, após um aumento de 230 pontos base. “O crescimento orgânico terminou nos +8% (a guidance anterior era de 5-6%”), composto por LFL – Like-For-Like) de +6% e expansão da rede de +4%”, lê-se ainda.
Durante o quarto e último trimestre de 2023, houve um crescimento orgânico de 12%, um crescimento LFL de 9% e expansão da rede de 4%. “Os principais mercados da Europa permaneceram sólidos com um crescimento de 5% e os Estados Unidos aceleraram para um crescimento de 10%”, refere também o documento com as contas da Pandora.
“Encerrámos 2023 com fortes transações durante a época de Natal. Olhando para os últimos dois anos, desde que lançámos a estratégia de crescimento Phoenix, estamos orgulhosos de como as nossas iniciativas estratégicas se uniram para gerar consistentemente resultados sólidos, apesar do cenário macroeconómico desafiante. Em 2024, pretendemos um crescimento contínuo, sólido e lucrativo”, comentou o presidente e CEO da Pandora, Alexander Lacik, no relatório financeiro.
Para 2024, a Pandora faz uma orientação inicial de crescimento orgânico de entre 6% a 9% e uma margem EBIT (lucro antes de juros e impostos) em torno dos 25%, em linha com o ano passado. O número de lojas que prevê abrir nos próximos meses é de 100 a 175.
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