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Papel de Marcelo é “desassossegar”, diz ministra da Coesão

“Ele faz o seu papel de nos desassossegar, é o papel do nosso Presidente da República, e mau seria que o Governo não visse com bons olhos esse papel”, considerou, esta segunda-feira, a ministra da Coesão Territorial em reação à mensagem de Ano Novo de Marcelo Rebelo de Sousa.
2 Janeiro 2023, 16h22

De visita a Viana do Castelo, onde o mau tempo dos últimos dias provocou a derrocada de uma muralha, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, considerou que papel do Presidente da República é “desassossegar” e “mau seria” que o Governo não visse isso com “bons olhos”.

“Ele faz o seu papel de nos desassossegar, é o papel do nosso Presidente da República, e mau seria que o Governo não visse com bons olhos esse papel, eu entendo isso assim, ele faz o seu trabalho de nos desassossegar e dizer ‘façam bem’ porque esta é a oportunidade de fazer e não teremos outra”, afirmou a governante, em reação à mensagem de Ano Novo do Presidente da República.

A ministra com a pasta da Coesão Territorial garantiu ainda que o Governo acompanha as preocupações do Presidente Marcelo, nomeadamente quanto à execução dos Fundos Europeus, mas alertou que não há obrigação de executar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e o Portugal 2030 (PT2030) todo este ano.

“Obviamente que é um ano importante, atingimos os objetivo do PT2020 no que era a execução, vamos começar também com o PT2030 e, quanto ao PRR, ele está em andamento apesar de nunca ser o que nós queremos”, enfatizou, acrescentando que o Governo está “totalmente alinhado com a preocupação do senhor Presidente da República.”

Na já habitual mensagem de Ano Novo, o chefe de Estado deixou alguns recados ao Governo, alertando-o que a maioria absoluta lhe confere uma “responsabilidade absoluta”.

“Está ao nosso alcance tirarmos proveito de uma vantagem comparativa – que é muito rara na Europa e no mundo democrático – e que se chama estabilidade política, ademais com um Governo de um só partido com maioria absoluta, mas, por isso mesmo, com responsabilidade absoluta”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

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