O principal índice bolsista português (PSI 20) perde 0,18%, para 5.305,27 pontos, em linha com as principais congéneres europeias esta quinta-feira, 13 de fevereiro. Quinze empresas cotadas desvalorizam, três valorizam.
As quebras dos títulos das papeleiras Navigator (-1,30%), Altri (-1,88%) e Semapa (-0,32%), do BCP (-0,63%), Galp (-0,32%) e NOS (-0,45%) penalizam a bolsa portuguesa.
A petrolífera portuguesa Galp é influenciada pela cotação do crude, depois da OPEP ter reduzido a sua estimativa para o incremento do consumo de crude para 2020. Segundo o cartel, em virtude do coronavírus, o incremento diário do consumo de petróleo será de 230 mil barris por dia, face ao um milhão por dia anteriormente projetado. Em Londres, o Brent, que é referência para Portugal, perde 1,13%, para 55,16 dólares. Já em Nova Iorque, o WTI negoceia a cair 0,76%, para 50,80 dólares.
Os investidores também poderão reagir à informação de que a Galp assinou um acordo de compra e venda com a Nigeria LNG, que garantirá o aprovisionamento de um milhão de toneladas anuais de gás natural liquefeito (GNL). O contrato terá uma validade de dez anos, tendo o seu início em outubro de 2021. O objetivo da petrolífera é o de assegurar aprovisionamento de longo prazo balanceado e competitivo para as atividades internacionais de gás natural.
A NOS também é destaque, depois de ter reportado à Comissão do Mercado de valores Mobiliários (CMVM), antes do arranque da sessão bolsista, que a S&P Global Ratings confirmou a notação de rating de crédito de longo prazo de “BBB-“, com um outlook estável.
A Semapa negoceia a cair, no dia em que após o fecho da sessão divulga resultados trimestrais. De acordo com o CaixaBank Equity Research, as vendas deverão ter diminuído 1%, para os 555 milhões de euros, o EBITDA terá caído 13%, para os 120 milhões de euros e o resultado líquido terá atingido os 13 milhões de euros, o que representa uma queda de 63% relativamente ao quarto trimestre de 2018.
Em terreno positivo, negoceiam CTT, EDP e EDP Renováveis.
Entre as principais praças europeias, os investidores reagem aos novos dados divulgados pela China, que indicam um aumento significativo de casos de coronavírus na zona do epicentro, a cidade de Wuhan. A província de Hubei, cuja capital é Wuhan, reviu a metodologia da contagem dos casos e assumiu que houve um aumento de mais de quinze mil casos.
“A preocupação dos exportadores é evidente, pois o impacto já está a ser sentido em termos económicos, basta referir que a maior feira de telecomunicações foi cancelada devido a preocupações com a epidemia, como um de milhares de exemplos onde o impacto se faz sentir no imediato, e a tendência é piorar”, comenta o analista da corretora XTB, Eduardo Silva.
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