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Pardal Henriques: Sábado é “última oportunidade” para desconvocar greve

Em conferência de imprensa, o rosto mais visível da greve – que não foi desmarcada – insistiu num argumentário que tem usado nas semanas mais recentes.
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    Miguel A. Lopes/Lusa
8 Agosto 2019, 20h40

O advogado do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques, disse que os plenários de trabalhadores no sábado são a “última oportunidade” para a Antram apresentar uma proposta que cancele a greve dos motoristas.

“Será até a essa hora [15:00], nesse plenário, a última oportunidade que a Antram tem para dizer ‘meus senhores, vamos apresentar uma contraproposta para evitar esta greve'”, afirmou Pedro Pardal Henriques em conferência de imprensa no seu escritório, em Lisboa.

No sábado realiza-se um plenário do SNMMP, em Aveiras de Cima, distrito de Lisboa, no qual “vão ser discutidos assuntos importantes do mundo laboral”, segundo Pardal Henriques.

O representantes dos sindicatos dos motoristas que mantém a greve convocada para 12 deste mês, reforçou, em conferência de imprensa, que a atuação do Governo de António Costa não é mais que uma forma de “acabar com o direito à greve”. Lendo uma declaração, Pardal Henriques disse que o concurso do exército, dos bombeiros e da polícia para substituírem o que os motoristas não vão fazer não é mais que ultrapassar um direito previsto na Constituição.

O representante dos sindicatos foi repetindo ao longo da conferência de imprensa os argumentos que tem usado ao longo das últimas semanas, acusando o Governo e a Antram de “serem os responsáveis” pelas filas para abastecimento de combustíveis que já se verificam am variados pontos do país. E são-no, disse, “porque não cumprem a lei”, uma vez que decidiram decretar aquilo a que Pardal Henriques chamou “serviços máximos” e não mínimos.

Para todos os efeitos, Pardal Henriques não deu mostras de que a greve possa de alguma forma ser suspensa – apesar da onda de queixas que se tem manifestado um pouco em todos os quadrantes económicos do país.

“Os trabalhadores ficaram mais pobres ontem. O mundo laboral ficou mais pobre. O que aconteceu a este motoristas e o que aconteceu a este motoristas, pode acontecer a todos os trabalhadores e todos os portugueses”, lamenta o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas.

“Ontem assistimos a uma declaração contra a democracia”, disse ainda Pardal Henriques, “ao serem fixados serviços máximos, o Governo declarou que estes motoristas, nos direitos que têm profissionalmente, não têm qualquer importância. Mas não só estes motoristas: todo o setor laboral”.

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