Pedro Passos Coelho criticou fortemente o Governo socialista e à entrada do tribunal, no Campus de Justiça em Lisboa, onde foi depor no caso EDP esta terça-feira, teceu críticas a António Costa por “indecente e má figura”, culpando ainda o atual executivo por uma “degradação significativa” das políticas públicas.
“Não tenho tido intervenção pública, como sabem. Cada um tem o seu tempo e este tempo não me pertence. Devemos deixar o espaço a quem pertence o tempo”, começou por explicar o ex-primeiro-ministro.
O antigo líder do PSD formulou “o desejo de que o PSD possa estar preparado para os tempos que aí vêm porque o país precisa de um Governo que tenha um rumo bem definido e possa inspirar confiança às pessoas para reverter uma degradação bastante significativa das políticas públicas que são importantes para o crescimento da nossa economia. Da saúde à educação, às questões relacionadas com a habitação e a segurança”, detalhou.
“Precisamos de um Governo esclarecido e que tenha força e autoridade moral. Quanto a acordos, vai depender da dinâmica dos partidos. Espero que o PSD possa ser o partido liderante, não só porque é o meu partido mas porque o país saiba identificar no atual Governo responsabilidades graves, suficientemente graves até porque o atual primeiro-ministro foi o único de que tenho memória que sentiu necessidade de apresentar a demissão por indecente e má figura”, criticou Passos Coelho.
Sobre a presença em tribunal esta terça-feira, o antigo primeiro-ministro realçou que não sabe porque foi chamado a depor: “Não faço ideia porque é que venho falar neste processo. Não é uma surpresa total porque li num jornal que iria acontecer e que o tribunal iria chamar vários primeiros-ministros a depor. Não sei porque razão é que sou chamado, não tenho conhecimento de nada”.
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