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Pasta atribuída a Elisa Ferreira “importante para Portugal”, considera Marcelo

“Reunir isto tudo numa só pasta – são, no fundo, várias pastas numa só pasta – penso que é imaginativo e é bom para nós”, afirmou o chefe de Estado, à saída de uma iniciativa no Museu da Presidência da República, em Lisboa.
11 Setembro 2019, 22h11

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje que a pasta atribuída a Elisa Ferreira na Comissão Europeia é “importante para Portugal”, porque junta a coesão com uma ideia de sustentabilidade e reformas estruturais.

“Reunir isto tudo numa só pasta – são, no fundo, várias pastas numa só pasta – penso que é imaginativo e é bom para nós”, afirmou o chefe de Estado, à saída de uma iniciativa no Museu da Presidência da República, em Lisboa.

Em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa começou por referir que já “tinha uma ideia de qual seria a pasta” da comissária designada por Portugal – Coesão e Reformas – e considerou que “é uma pasta importante, por várias razões”.

“A primeira, porque reúne a ideia de coesão, que nós defendemos desde sempre, mas em que éramos suspeitos de defender a pensar nos fundos. E, por isso, sempre se pensou que nunca viria parar a Portugal uma pasta que envolvesse fundos e coesão. Veio”, destacou.

O Presidente da República salientou também o facto de a pasta atribuída a Elisa Ferreira envolver “uma ideia de sustentabilidade” e “a ideia de reformas estruturais”.

“Há reformas estruturais que a União Europeia tem de fazer e é criada uma nova direção-geral para essas reformas estruturais. Portanto, não é a coesão só, tentar reequilibrar os que estão desfavorecidos na Europa, é o que é preciso fazer na Europa toda para ela ser no futuro menos desigual e mais capaz de enfrentar os grandes desafios científicos, tecnológicos da revolução digital”, acrescentou.

A presidente eleita da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, divulgou na terça-feira a distribuição de pelouros da sua equipa.

Elisa Ferreira trabalhará de perto com o vice-presidente executivo Frans Timmermans, que supervisionará o trabalho da comissária da Coesão e Reformas, assim como dos comissários responsáveis pela Agricultura, Saúde, Transportes, Energia e Ambiente e Oceanos.

Os comissários designados serão sujeitos a audições no Parlamento Europeu, perante a comissão parlamentar competente, o que deverá acontecer no início de outubro, com a assembleia europeia a pronunciar-se sobre o colégio no seu conjunto numa votação prevista para 22 de outubro, em Estrasburgo.

Elisa Ferreira, 63 anos, foi ministra dos governos chefiados por António Guterres, primeiro do Ambiente, entre 1995 e 1999, e depois do Planeamento, entre 1999 e 2002, foi eurodeputada entre 2004 e 2016, tendo ocupado desde setembro de 2017 o cargo de vice-governadora do Banco de Portugal.

A futura comissária, a primeira mulher portuguesa a integrar o executivo comunitário desde a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (1986), sucederá a Carlos Moedas, que foi comissário indicado pelo anterior governo PSD/CDS-PP, e que teve a seu cargo a pasta da Investigação, Ciência e Inovação, tendo sido nomeado em novembro de 2014.

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