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Patrões defendem que Estado deve recorrer ao BEI para reestruturar dívida das empresas

Em entrevista à “Antena 1/Jornal de Negócios”, António Saraiva revelou que a CIP vai apresentar um pacote de medidas ao Governo nos próximos 15 dias para apoiar as empresas depois do fim das moratórias em setembro.
Cristina Bernardo
17 Abril 2021, 21h25

As moratórias das empresas junto da banca já ronda os 30 mil milhões de euros e cerca de 30% deste valor pode entrar em incumprimento.

O alerta foi deixado pelo presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) que defende que o Governo deve tomar medidas para evitar que as empresas fiquem sem apoio a partir de 23 de setembro, data em que terminam as moratórias bancárias, entre as quais recorrer às linhas do Banco Europeu de Investimento (BEI).

“O Estado recorre ao BEI, recolhendo capital do BEI para procurar solucionar o problema. Reestruturando a dívida para que as empresas não entrem em incumprimento e a banca não tenha que acionar a garantia do Estado”, disse António Saraiva em entrevista à Antena 1/Jornal de Negócios.

Desta forma, as empresas conseguem “libertar-se da data de 23 de setembro. Para que esta pressão não exista e não corramos o risco de uma implosão, de uma bomba relógio”.

A CIP vai apresentar um pacote de medidas ao Governo que deverão ser apresentadas nos próximos 15 dias.

“O fim das moratórias trará uma pressão, que hoje já existe, às empresas que estão em moratória, à banca que as concedeu, e ao Governo que as garantiu. É uma pressão enorme”, afirmou o líder da CIP durante a entrevista.

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