O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, admitiu que as imparidades que vão resultar da crise da Covid-19 não vão atingir os níveis da crise anterior, mas antecipou que poderão ser superiores a mil milhões de euros.
O CEO do banco do Estado, no âmbito da audição da Comissão de Orçamento e Finanças (COF), falava em termos ‘macro’. “Fala-se em mais de mil milhões de imparidades, isto é o que o afeta essencialmente a rentabilidade da Caixa”, explicou.
Com as moratórias, Paulo Macedo antecipa que as imparidades só comecem a ser registadas no balanço do banco no quarto trimestre.
Na última crise, “a Caixa teve mais 7 mil milhões de imparidades e o sistema tinha mais de 20 mil milhões. Esse valor não é absorvível, temos de evitar de chegar a estes números outra vez”, alertou o presidente executivo do banco público.
Paulo Macedo disse que a CGD “está hoje melhor preparada para esta crise porque tem condições de liquidez melhores”.
“A Caixa é um ‘refúgio’ em situações de maior instabilidade, mantendo quase um terço dos depósitos de todos os particulares, e tem uma menor exposição às grandes concentrações num só nome, que foi a causa das grandes imparidades da banca portuguesa. O rácio de NPL está abaixo de 5% e com um rácio de cobertura de 1,1%”, explicou Paulo Macedo.
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