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Paulo Macedo critica venda do Novobanco a espanhóis e diz que CGD só quer a carteira de crédito a empresas

O CEO da CGD, em entrevista ao canal Now, voltou a dizer que “que já dissemos e continuamos a dizer é que um portefólio que seja uma carteira de crédito a empresas e o negócio de empresas é algo em que estamos interessados”.
Paulo Macedo Caixa Geral de Depósitos CGD
11 Junho 2025, 21h34

O presidente da CGD voltou também a manifestar interesse na compra da carteira de crédito a empresas do Novobanco, numa entrevista ao canal de televisão da Medialivre, o Now,  mas recusa interesse em comprar a totalidade do banco até por causa da enorme sobreposição que haveria no retalho.

Comprar o Novobanco estaria “fora de equação, quer pelo interesse da Caixa, quer pela questão da complementaridade, já que existiria uma grande sobreposição se houvesse uma aquisição total, nem a própria Autoridade da Concorrência o permitiria, nesse sentido a Caixa nunca equacionou, ela própria, comprar o Novobanco, o que já dissemos e continuamos a dizer é que um portefólio que seja uma carteira de crédito a empresas e o negócio de empresas é algo em que estamos interessados. Aliás, estamos a fazer isso organicamente. Estamos a crescer no crédito em todos os setores, sem qualquer exceção, e estamos a crescer acima do mercado. Neste momento o que estamos empenhados é em conseguir um crescimento orgânico“, disse o presidente da Caixa Geral de Depósitos em entrevista ao canal Now.

Paulo Macedo voltou ainda a criticar uma eventual compra do Novobanco pelo Caixabank, mostrando-se preocupado com a eventualidade de o banco português ir parar a bancos espanhóis.

“Não é normal um país estrangeiro ter 50% do sistema bancário de outro país“, disse o banqueiro.

O CEO da CGD frisou “não é normal um país estrangeiro ter 50% do sistema bancário de outro país. Obviamente preocupa-nos questões de sustentabilidade, de apoio continuado ou não às empresas, questões de solidez do sistema, e vale a pena lembrar que se hoje o sistema financeiro é muito sólido a Caixa deu um contributo enorme para isso da mesma maneira que o Governo possibilitou que a banca ganhasse essa solidez”.

Até ao fim da semana haverá uma definição de qual será a via de venda do Novobanco pela Lone Star, entre venda direta de 100% ou IPO de 30%.

Os candidatos são o CaixaBank e o francês BPCE, sendo que, segundo a Bloomberg, o grupo francês está à frente na corrida.

 

 

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