Paulo Macedo, CEO da Caixa Geral de Depósitos defende a redução da atual taxa de stress de 3% que agrava as taxas de esforço, e que o Banco de Portugal já admitiu reduzir este ano.
Trata-se da taxa de stress de 3% que soma ao indexante e agrava os juros da habitação aumentando a taxa de esforço que é calculada quando um banco avalia se vai ou não conceder crédito. Esta medida macroprudencial do Banco de Portugal (BdP) tem levado a que muitos empréstimos habitação sejam recusados.
De acordo com as atuais regras, é necessário acrescentar 3% à taxa contratada nos novos empréstimos para aferir a taxa de esforço das famílias, mas o stress adicional não pode exceder 50% dos rendimentos líquidos. Isto é, no cálculo da taxa de esforço os bancos somam ao indexante (Euribor) mais 3 pontos percentuais.
Esta medida foi adotada em 2018 e o cenário de stress foi definido numa altura em que os juros estavam negativos. Esta taxa servia para prever um cenário de subida dos juros no futuro. Mas os juros subiram 4% este ano.
“Esses três pontos percentuais devem baixar, mas não devem ser extintos porque ainda há alguma incerteza”, disse o CEO da CGD.
Foi por considerar que o teste de stress de 3% se tornou demasiado restritivo e desadequado ao contexto atual, que o Banco de Portugal disse que está a ponderar descer o valor do teste de stress sem, no entanto, ter adiantado qual será a dimensão desta descida.
Sobre a venda do Banco Comercial do Atlântico, o maior de Cabo Verde, disse Paulo Macedo que “existem alguns interessados” e que espera a autorização do Governo para continuar com o processo de venda.
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