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PCP apresenta 46 propostas de alteração ao relatório preliminar CPI à TAP

Entre as propostas apresentadas, o PCP sublinhou os “Fundos Airbus”. “A proposta que apresentamos é de uma redação alternativa para este ponto, que permita tornar claro o que verdadeiramente aconteceu”, referiu Bruno Dias do PCP.
Tiago Petinga/LUSA
11 Julho 2023, 16h41

O PCP apresentou, esta terça-feira, 46 propostas de alteração ao relatório preliminar da comissão parlamentar de inquérito à TAP.

Entre as propostas apresentadas, o PCP sublinhou os “Fundos Airbus”. “A proposta que apresentamos é de uma redação alternativa para este ponto, que permita tornar claro o que verdadeiramente aconteceu”, referiu Bruno Dias do PCP.

“A TAP desistiu da compra dos A350 à Airbus. Por essa opção de compra David Neeleman ofereceu 132 milhões de euros à TAP em maio de 2015. A Airbus entregou os aviões que vinham para a TAP a outro cliente, ganhando entre 132 milhões (avaliação de Neeleman) e os 180 milhões de euros (avaliação da Airborne Capital). Deste ganho, a Airbus entregou uma parte a David Neeleman”, explicou o PCP.

Nesta matéria o PCP sugere “que na conclusão se acrescente que o Governo PS, nomeadamente o ex-ministro Pedro Marques, admitiu ter sabido dos Fundos Airbus em fevereiro de 2016, mas não deu conhecimento dessa informação ao restante governo, ao seu sucessor na pasta das Infraestruturas e ao Tribunal de Contas, no contraditório à Auditoria publicada em 2018”.

Sobre o negócio da “Manutenção e Engenharia Brasil”, o PCP defendeu que “impõe-se uma rigorosa investigação às causas deste negócio, às razões por que se tardou tantos anos a acabar com ele, e quem ganhou os mil milhões de euros que a TAP perdeu com a ME Brasil”.

“Há documentos e informações solicitados pela CPI que nunca foram respondidos pela TAP e podem ajudar a perceber melhor este processo”, frisou o PCP.

Os comunistas apresentaram ainda “uma proposta de Informação a remeter para o Ministério Público, dando conta que a Comissão de Inquérito encontrou evidências de que um conjunto de administradores da TAP, durante os anos de 2017, 2018 e 2019, tinham os seus salários pagos através de uma prestação de serviços paga à Atlantic Gateway em vez de receberem os mesmos através da TAP”.

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