[weglot_switcher]

PCP considera que Covid-19 tornou “mais nítidos estrangulamentos e défices” do país

Na abertura do XXI Congresso do PCP, o líder comunista defendeu que os anos da “geringonça” não foram suficientes para preparar o país para “resistir a um novo sobressalto” face às “décadas de política de direita de governos do PS, PSD e CDS”.
27 Novembro 2020, 12h33

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Jerónimo de Sousa, defendeu esta sexta-feira que a pandemia da Covid-19 tornou “mais nítidos” os “défices do país”. Na abertura do XXI Congresso do PCP, o líder comunista defendeu que os anos da “geringonça” não foram suficientes para preparar o país para “resistir a um novo sobressalto” face às “décadas de política de direita de governos do PS, PSD e CDS”.

“As causas da crise cíclica desencadeada em 2007/2008 permaneceram e a epidemia de Covid-19 só veio revelar e tornar mais nítidos, neste ano de 2020, os nossos estrangulamentos, défices e dependências estruturais”, referiu Jerónimo de Sousa, no discurso de abertura do XXI Congresso do partido, que decorre em Loures.

Num discurso de mais de uma hora, Jerónimo de Sousa disse que “o crescimento económico verificado entre 2016 e 2019 não alterou de forma significativa uma situação que há muito se apresentava desastrosa”, visto que se acumularam problemas existentes “ao longo de décadas de política de direita de governos do PS, PSD e CDS” e não se preparou o país para “resistir a um novo sobressalto”.

Jerónimo de Sousa realçou que os quatro anos de “geringonça” não foram, no entanto, “um tempo percorrido em vão”, tendo em conta que se fizeram “ruir dogmas” e “confirmaram-se teses e razões reiteradamente sublinhadas pelo PCP”. Considerou ainda que, por “iniciativa e intervenção decisiva do PCP” foi feito um “percurso de defesa, reposição e conquista de direitos que marcou a nova fase da vida política nacional”.

Sobre a “geringonça”, o líder comunista afirmou ainda que “se traduziu não na formação de um governo de esquerda ou de uma qualquer maioria de esquerda na Assembleia da República, mas sim, na formação e entrada em funções de um governo minoritário do PS com o seu próprio programa”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.