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PCP considera que reforço salarial é “manifestamente insuficiente” e pede aumento para 850 euros mensais

O PCP considera que a valorização do salário dos trabalhadores é uma “emergência social” e defende que um aumento do SMN para 850 euros é “perfeitamente comportável”.
13 Novembro 2019, 16h23

O secretário-geral do Partido Comunista (PCP), Jerónimo de Sousa, considera que o aumento do salário mínimo nacional (SMN) proposto pelo Governo é “manifestamente insuficiente”. O PCP considera que a valorização do salário dos trabalhadores é uma “emergência social” e defende que um aumento do SMN para 850 euros mensais é “perfeitamente comportável”.

“O que o Governo anuncia nesta matéria fica aquém do necessário e possível”, afirmou Jerónimo de Sousa, no debate quinzenal, depois de o primeiro-ministro ter anunciado que vai aprovar esta quinta-feira em Conselho de Ministros um aumento do SMN para 635 euros mensais.

O secretário-geral do PCP considera que “a proposta do Governo é manifestamente insuficiente” e nota que “vamos ficar ainda mais distantes, em dinheiro, do salário mínimo dos nossos principais parceiros comerciais e da erradicação da pobreza”.

O PCP pede, por isso, um aumento para os 850 euros mensais e sublinha que a proposta “é perfeitamente comportável pela política portuguesa e seria um estímulo à sua modernização”.

Jerónimo de Sousa considera ainda que é preciso criar “legislação que alargue os direitos dos trabalhadores” e “feche as portas à generalização da precariedade”.

“A dinamização da contratação coletiva, que o Governo anuncia querer promover, ficará apenas como simples proclamação de intenções, se não se avançar com a revogação das normas gravosas da legislação laboral, nomeadamente a caducidade da contratação coletiva”, defendeu, acusando ainda o primeiro-ministro de não dar “a cara com a careta” ao aprovar a lei da caducidade dos contratos.

Sobre a política de rendimentos, Jerónimo de Sousa diz ainda que, tendo em conta a legislação atual, uma reforma de 400 euros teria apenas um aumento de três euros. “É preciso alterar a lei e valorizar de forma mais substancial as reformas e as pensões se queremos combater a pobreza em Portugal”, defendeu o secretário-geral comunista.

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