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PCP defende eleições na Madeira

“A atual situação Política Regional exige devolver a palavra ao povo, e garantir uma nova correlação de forças na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira que garanta uma verdadeira política alternativa”, disse o PCP Madeira.
Edgar Silva, líder dos comunistas madeirenses
10 Dezembro 2024, 17h00

O PCP defendeu a realização de eleições na Região Autónoma da Madeira após a Assembleia Regional ter chumbado a proposta de Orçamento para 2025. O documento teve o “não”, na passada segunda-feira, de PS, Juntos Pelo Povo (JPP), Iniciativa Liberal (IL), e PAN e o “sim” de PSD e CDS-PP, partidos que possuem um acordo parlamentar.

“O chumbo do Orçamento da Região para 2025, no Parlamento Regional, é apenas a ilusão de que Chega, Iniciativa Liberal e PAN se distanciam das linhas orientadoras da Governação PSD. O PS e o JPP que defendiam que era importante que o Orçamento para 2025 fosse aprovado, mas sem os seus votos, adiaram assim a discussão e votação da moção de censura deixando a Governação moribunda ligada às máquinas prolongando uma política que não dá resposta aos principais problemas dos madeirenses e porto-santenses e adiando por mais algum tempo a necessidade de mudança de política na Região”, referiu o PCP.

“A atual situação Política Regional exige devolver a palavra ao povo, e garantir uma nova correlação de forças na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira que garanta uma verdadeira política alternativa”, afirma o partido.

O partido considerou que a resposta aos problemas da Região “exige outra política”, uma “política inseparável do reforço” do PCP e da CDU e dos seus deputados, “de uma verdadeira força de alternativa que com coerência fez, faz e fará frente à política de exploração e empobrecimento, a força de esquerda com que os trabalhadores e o povo podem contar”.

A força partidária, que perdeu a representação parlamentar nas regionais de maio deste ano, salientou que “desde a primeira hora” afirmou que a proposta de Orçamento da Região para 2025 que, “para lá da propaganda, da manipulação, do mascarar e martelar de números, mantinha as opções da política de exploração e empobrecimento inscritas” nos orçamentos anteriores da maioria PSD com apoio do CDS-PP, do Chega, da IL e do PAN.

O PCP sublinhou que a entrada em funções do atual Governo, após eleições com origem numa investigação judicial ainda não concluída, e o prosseguimento da sua política com a aprovação do Orçamento da Região para 2024, “só foi possível com a cumplicidade e a conivência” do Chega do CDS-PP e do PAN que viabilizaram o seu programa.

O partido disse que a “manobra” de adiar a discussão da moção de censura (que tem debate marcado para dia 19), debatendo primeiro a proposta de Orçamento, “veio no essencial prolongar a vida” do Governo de Miguel Albuquerque, com a “conivência do PS e do JPP” a pretexto da aprovação do Orçamento Regional para 2025.

“Desde o início desta Legislatura, que o Parlamento Regional remeteu para segundo plano a discussão dos problemas da população da Região e a apresentação de soluções. Facto explicado pela ausência de deputados da CDU no Parlamento reconhecidamente os que ao longo de sucessivas legislaturas deram expressão e voz aos interesses dos trabalhadores e do povo”, disse o partido.

O PCP diz que os partidos que hoje têm assento parlamentar, na Assembleia Legislativa da Madeira, “para lá de em matérias essenciais partilharem das mesmas opções e interesses” que os da atual maioria, “estão mais preocupados em dar resposta aos seus interesses táticos e estratégicos em promover os egos pessoais dos seus líderes em vez de dar efetivamente resposta aos problemas” dos trabalhadores e do povo da Região.

“É conhecida a avaliação do PCP sobre o que tem significado para os trabalhadores, o povo e a região décadas de governação do PSD, com ou sem CDS-PP. O combate às desigualdades e injustiças na Região, o combate ao alastramento da pobreza e da exploração, o fim da promiscuidade entre interesses e negócios privados e a governação a todos os níveis, com o que exibe de corrupção latente ou exposta, é inseparável da demissão do atual governo e da interrupção desta política”, afirmou a força partidária.

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