O Partido Comunista (PCP) considera que o aumento do salário mínimo é “decisivo” para dar resposta à crise provocada pela pandemia da Covid-19. O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defende que o aumento do salário mínimo é essencial para “melhorar as condições de vida, combater a recessão, criar emprego e desenvolver o país” e que será “um mau sinal” se o Governo não cumprir acordo sobre o salário mínimo.
“Em todas as situações, mas ainda mais numa situação como a atual com sinais de recessão, a valorização do trabalho e dos trabalhadores, dos seus salários e direitos é necessária para a melhoria das suas condições de vida, mas é essencial também como estímulo à criação de emprego e ao desenvolvimento económico”, afirmou Jerónimo de Sousa, numa sessão com militantes do PCP e dirigentes da CGTP na sede do Centro Vitória, em Lisboa.
Para o secretário-geral do PCP, “a prova” de que o aumento do salário mínimo é “um aspeto decisivo” é que, “entre 2011 e 2015, o corte de salários, direitos e pensões acrescentou recessão à recessão, aumentou brutalmente o desemprego, afundou o país” e, entre 2015 e 2019, a “reposição e conquista de direitos significou ganhos para os trabalhadores e contribuiu decisivamente para a criação de emprego e para o desenvolvimento do país”.
“O aumento dos salários é essencial para melhorar as condições de vida, para combater a recessão, criar emprego e desenvolver o país. Rejeitamos com a força que decorre da experiência da vida o corte, o congelamento e o condicionamento dos salários e direitos que só serve para agravar a recessão e o desemprego, promover o empobrecimento, as injustiças e desigualdades e para afundar o país”, sublinhou o líder comunista.
Jerónimo de Sousa referiu ainda que seria “um mau sinal” se o Governo não cumprisse o objetivo de aumentar progressivamente o salário mínimo nacional aos aos 750 euros até 2023. O aumento do salário mínimo para 750 euros até ao final da legislatura consta nas grandes opções do plano, apresentadas pelo Governo, mas o ministro das Finanças, João Leão, não se comprometeu com um valor.
“A nossa intenção é, no próximo ano prosseguir com o diálogo que tem de ser feito na Concertação Social, com o aumento do salário mínimo e que haja um aumento com significado”, afirmou o ministro das Finanças, na Grande Entrevista, transmitida pela RTP3.
Para o próximo ano, estava previsto que o salário mínimo aumentasse para 670 euros.
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