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PCP insiste que só a nacionalização do Novo Banco pode evitar novas “negociatas” ruinosas para o Estado

Os comunistas insistem que a venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star, em 2017, foi “uma opção ruinosa” e que só com o controlo público do banco podem ser evitadas compras e vendas de ativos prejudiciais para a instituição financeira e para os contribuintes.
10 Agosto 2020, 17h56

O Partido Comunista (PCP) insiste que “só a nacionalização” do Novo Banco pode de evitar novas “negociatas” ruinosas para o Estado português. Os comunistas insistem que a venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star, em 2017, foi “uma opção ruinosa” e que só com o controlo público do banco podem ser evitadas compras e vendas de ativos prejudiciais para a instituição financeira e para os contribuintes.

“Mais um dia, mais uma notícia que confirma, uma vez mais, que a privatização do Novo Banco e consequente venda à Lone Star foi uma opção ruinosa, com custos que podem ultrapassar os 10 mil milhões de euros, e que só a nacionalização do Banco defende os interesses do país”, escreveu o partido nas redes sociais.

A publicação do PCP surge depois de o jornal “Público” ter noticiado esta segunda-feira que o Novo Banco vendeu, em outubro de 2019, a seguradora GNB Vida ao Apax, um fundo de um milionário condenado nos Estados Unidos por corrupção, por um preço muito abaixo do seu valor contabilístico, inscrito no balanço de 30 de junho daquele ano. De acordo com o “Público”, a GNB Vida terá sido vendida com um “desconto” de 68,5% ao Apax.

O “Público” dá ainda conta de que a operação gerou uma perda de 268,2 milhões de euros para o Novo Banco e serviu para o banco liderado por António Ramalho “justificar novo pedido de injeção de dinheiros públicos”, através do Fundo de Resolução.

Quanto ao comprador da seguradora, que passou depois a ser conhecida como Gama Life, trata-se de Greg Lindberg, um milionário do setor dos seguros que foi condenado este ano por fraude, corrupção e evasão fiscal. Greg Lindberg foi ainda acusado de pagar ao Partido Republicano para a sua empresa, a Global Bankers, ser beneficiada.

Recorde-se que, em maio, o PCP apresentou, pela quarta vez no Parlamento, uma iniciativa legislativa que prevê o início do processo de recuperação do controlo público do Novo Banco. No projeto de resolução apresentado, o PCP defende que, com a integração do Novo Banco no sistema público bancário, o banco deve ser orientado para “a banca de retalho e para o apoio especializado às micro, pequenas e médias empresas”.

O documento ainda não foi discutido nem votado na Assembleia da República.

https://www.facebook.com/pcp.pt/posts/2704352709884043

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