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PCP não é a favor “da abertura pela abertura” e pede “outras medidas” para responder à Covid-19

O secretário-geral do partido, Jerónimo de Sousa, disse que não é a favor do “desconfinamento total e coração ao alto” e que é preciso “outras medidas de fundo”, além do estado de emergência, para dar resposta à pandemia da Covid-19.
  • António Pedro Santos/Lusa
10 Março 2021, 16h53

O Partido Comunista Português (PCP) defendeu esta quarta-feira que o Governo deve criar condições para que o país possa regressar à normalidade, apesar da pandemia. O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse que não é a favor do “desconfinamento total e coração ao alto” e que é preciso “outras medidas de fundo”, além do estado de emergência, para dar resposta à pandemia da Covid-19.

“Não somos da abertura pela abertura, mas se o Governo assumir a conceção de que é possível abrir com garantia de segurança sanitária, então, naturalmente são precisas as medidas consequentes para que isso funcione bem”, referiu Jerónimo de Sousa, no final de uma reunião, por videoconferência, com o Presidente da República sobre um eventual prolongamento do estado de emergência.

Jerónimo de Sousa considerou “perfeitamente normal” que a abertura das escolhas e outros sectores possa avançar, mas deixa uma condição: é preciso que “estejam garantias as condições sanitárias”. Isso implica, para o PCP, que o Governo assuma “responsabilidades orçamentais”, porque “são precisas outras medidas de fundo para além do estado de emergência”, como o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e apoios sociais.

Sobre a eventual renovação do estado de emergência, Jerónimo de Sousa deixou claro que o PCP não irá votar a favor do decreto presidencial no Parlamento. “Temos a visão crítica em termos da repetição sistemática do estado de emergência. Cremos que isto é uma situação excecional que deveria ser acompanhada, em primeiro lugar com a contribuição no campo científico, mas também de uma decisão no plano político”, disse.

Na sequência da última reunião do Infarmed, realizada na segunda-feira, o Governo irá apresentar o plano de desconfinamento nesta quinta-feira, dia em que também será votada mais uma renovação do estado de emergência na Assembleia da República. O atual estado de emergência encontra-se em vigência até 16 de março.

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