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PCP pede processo de vacinação mais célere e condena “abusos”. “Cada um na sua vez”, diz Jerónimo

O secretário-geral comunista vincou que o partido não aceita o que diz ser “a visão de racionamento” da distribuição das vacinas com a estratégia da União Europeia. Crítica ainda os atropelos na ordem de vacinação.
  • Tiago Petinga/LUSA
2 Fevereiro 2021, 17h15

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu um processo de vacinação mais célere, considerando que deve ser adotada uma estratégia que não se limite à aquisição feita pela Comissão Europeia em nome de todos os Estados-membros.

“Colocar Portugal dependente unicamente da União Europeia está a constituir-se como se prova factor de condicionamento e de acesso rápido de acordo com as necessidades do país”, afirmou Jerónimo de Sousa, em conferência de imprensa esta terça-feira à tarde, durante a qual o PCP apresentou medidas de resposta à pandemia.

O secretário-geral comunista vincou que o partido não aceita “esta visão de racionamento”, defendendo que “hajam vacinas para toda a população portuguesa”.

“Impõe-se que se defina com clareza critérios de acesso à vacinação apurando e combatendo de forma firme a abusos e aproveitamentos e impõe-se decisivamente que o Governo assuma a decisão soberana de vacinas noutros países garantindo, assim, a mais rápida universalidade do acesso dos portugueses à vacinação”, disse.

Jerónimo de Sousa revelou-se crítico dos abusos na ordem de vacinação, sustentando que “cada um na sua vez”, deve ser o caminho a seguir, de forma a assegurar que os critérios de datas de vacinação são respeitados.

“A grande questão continua a ser esta: é preciso vacinas para todos”, realçou, salientando que “o financiamento público em cerca de 11 mil milhões de euros e a contribuição de milhares de médicos, cientistas, enfermeiros, doentes de todo o mundo foram a chave deste feito científico que permitiu em menos de um ano descobrir a vacina e não podem servir para as farmacêuticas aumentarem os seus lucros e por isso devem ser consideradas um bem público mundial acessível a todos”.

Questionado sobre os dados da execução orçamental do ano passado, Jerónimo de Sousa afirmou ainda que “quando há um défice de execução alguma coisa se torna incompreensível, quando o próprio orçamento contém medidas e financiamentos que não resolvendo toda a dimensão do problema com que estamos confrontados, pelo menos acelerar algumas das respostas, designadamente no problema sanitário e também no problema económico e social”.

O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta terça-feira revela que Portugal conta com um total de 731.861 casos confirmados de Covid-19, mais 5.540 face ao dia anterior. O número de vítimas mortais do novo coronavírus no país aumentou para 13.017 registando-se mais 260 vítimas mortais nas últimas 24 horas.

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