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PCP responsabiliza PSD, CDS, PS, IL e PAN pela manutenção de portagens no Porto

O PCP lamentou a manutenção das portagens na região do Porto, ao contrário do que aconteceu em várias autoestradas do resto do país. E responsabiliza todos os restante3s partidos parlamentares, com a exceção do Chega de André Ventura.
SCUT
1 Janeiro 2025, 16h13

O PCP lamentou a manutenção das portagens na região do Porto, ao contrário do que aconteceu em várias autoestradas do resto do país, responsabilizando o PSD, o CDS, o PS, a IL e o PAN. “Ao contrário do que acontecerá no resto do país, manter-se-ão as portagens – e as injustiças daí decorrentes – na região do Porto”, pode ler-se num comunicado da Direção da Organização Regional do Porto (DORP) do PCP.

Para os comunistas, “a região do Porto está a ser discriminada negativamente em relação a todas as outras, num processo que confirma a hipocrisia de quem diz uma coisa na região e faz outra na Assembleia da República”. A manutenção “desta injustiça tem responsáveis: os deputados e governantes do PSD/CDS, do PS, do IL e do PAN”, considera o PCP.

O PCP assinala que as populações dos concelhos do distrito do Porto “continuarão a pagar para se deslocar em vias sem alternativa” e “as empresas sediadas nesta região continuarão a ter custos acrescidos para o desenvolvimento da sua atividade”.

“O PCP apela às populações e às empresas da região que não se resignem, que protestem e exijam o fim da injustiça”, vincam os comunistas no comunicado hoje divulgado.

Os comunistas recordam que apresentaram um projeto de lei no parlamento “para a eliminação de todas as portagens em ex-SCUT, incluindo na região do Porto, e a consequente reversão das concessões a privados”, bem como em sede de discussão do Orçamento do Estado.

“A convergência entre PSD, CDS, PS, IL e PAN impediu a eliminação do pagamento de portagens na A28, A29, A41 e A42”, acusa o PCP. Em causa estão percursos entre Matosinhos e Póvoa de Varzim (A28), em Vila Nova de Gaia (A29) e as autoestradas A41 e A42 em Matosinhos, Maia, Valongo, Santo Tirso, Paços de Ferreira, Felgueiras e Lousada.

Para o partido, “a existência de taxas de portagens nas ex-SCUT constituiu um rude golpe no tecido económico da região e agravou as já difíceis condições de vida de todos aqueles que, sem alternativas, circulam nestas vias estruturantes”.

“Neste processo só as concessionárias, às quais o Estado entrega mais de mil milhões de euros líquidos por ano, ficaram a ganhar. O Estado, as populações e a economia regional perderam e continuam a perder”, considera o PCP.

As portagens são hoje abolidas nas vias rápidas estruturantes do Interior e Algarve conhecidas como SCUT, após mais de 13 anos de luta das populações pela reposição do modelo inicial de financiamento destas estradas sem custos para o utilizador.

As portagens são esta quarta-feira abolidas na A4 – Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 – Pinhal Interior, A22 – Algarve, A23 – Beira Interior, A24 – Interior Norte, A25 – Beiras Litoral e Alta e A28 – Minho, esta última apenas nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.

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