[weglot_switcher]

Pedro Dias: “Gasóleo pesa 80% no consumo rodoviário nacional”

Se apenas se vendessem carros elétricos em Portugal os automóveis a combustão demorariam uma década a deixar de circular nas estradas portuguesas. Por isso, a gasolina e o gasóleo ainda não são uma coisa do passado. O diretor de Estratégia da Galp falou com o Jornal Económico sobre o futuro da energia.
29 Março 2019, 11h45

A inovação tecnológica desempenha um papel crucial na transição energética, um percurso inevitável que a indústria tem de percorrer para superar os desafios em torno da sustentabilidade. Pedro Dias, diretor de Estratégia da Galp, falou sobre o futuro da energia que está a transformar gradualmente a sociedade como a conhecemos hoje. Corresponde a “um esforço de toda a sociedade, para o qual temos contribuído reduzindo a intensidade energética da nossa atividade”, disse.

O setor petrolífero terá de iniciar uma forte reconversão até 2040?

O setor energético já iniciou todo um processo de melhoria de eficiência e de transformação centrado na redução da intensidade carbónica. Apesar disso, as principais projeções do mercado – incluindo qualquer um dos cenários da Agência Internacional de Energia – preveem que a procura mundial de petróleo e gás natural continue a representar, em 2040, cerca de 50% da procura mundial de energia. Cabe a cada empresa refletir sobre a melhor forma de acelerar esta transição em função das suas vantagens competitivas e dos mercados em que está presente.

O mundo vai caminhar para a transição das fontes de energia geradoras de emissões para outro tipo de energias alternativas limpas, de zero emissões?

Há uma redução da intensidade carbónica associada à energia consumida, fruto do desenvolvimento tecnológico e do forte investimento realizado nas últimas décadas pelas empresas do setor. Esta redução deu-se não apenas com fontes de energia sem emissões diretas associadas, as quais têm ainda um contributo reduzido para o mix energético, mas também com a produção de gás natural, cujas emissões específicas de CO2 por unidade de energia são cerca de metade das do carvão. Se todas as centrais térmicas a carvão fossem convertidas para gás natural, as emissões mundiais de CO2 cairiam de imediato cerca de 15%.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.