Houve entre cinco e dez dias muitos quentes e de desconforto térmico, com valores superiores a 35 graus Celsius (ºC) a mais nos últimos 40 anos em Portugal, escreve o “Diário de Notícias” (DN) na edição online desta quarta-feira (27 de março).
Por exemplo, em Lisboa, os designados «dias de verão» – com temperaturas máximas superiores a 25ºC – aumentaram em 11 por década desde 1976 (cerca de seis semanas). De acordo com o DN, verificou-se um aumento de 0,4ºC por década desde os anos 70, o que perfez um acréscimo de 1,6ºC durante este período.
Segundo Álvaro Silva, climatologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os números “estão em linha com o que os modelos climáticos já estimavam há 10 ou 15 anos”. “Isto não é um sinal ténue, é uma mudança de clima persistente e real”, disse ao jornal da Global Media.
O responsável do IPMA refere que nas últimas duas décadas sentiu-se particularmente os efeitos da falta de precipitação (-20 milímetros em cada 10 anos). Estes 20 anos “foram particularmente pouco chuvosos, com um decréscimo visível dos valores de precipitação nas últimas quatro décadas”, explicou.
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