Pedro Nuno Santos defende salário mínimo nos mil euros em 2028

Pedro Nuno Santos defendeu hoje no Congresso do PS o aumento do salário mínimo nacional para os mil euros até 2028.

“O país avançou muito em oito anos mas temos consciência que há muito para fazer. Dos atuais 820 euros para 900 euros até 2026, propomos que no final de 2028 o salário mínimo atinja os mil euros”, disse hoje o socialista no discurso de encerramento do Congresso.

O secretário-geral também defendeu que é preciso “rever o acordo de rendimentos para que ao salário mínimo nacional possa estar associado o aumento de salários médios”.

António Costa está à assistir ao Congresso na primeira fila. Chegou discretamente por uma porta lateral, não se cruzando com os jornalistas à entrada da FIL.

“Não queremos um país na média europeia, ambicionamos um país de topo, de qualidade de vida, segurança e inovação. Não queremos ser a periferia do continente europeu, ser o centro que liga o Atlântico à Europa e dos que querem voltar a viver sem exclusões, para podermos realizar estes nossos sonhos e ambições”, afirmou.

“Temos a ambição de um país que se organizar para garantir cuidados de saúde, onde os profissionais de saúde se sentem respeitados; um país onde a escola pública tem qualidade; onde a descarbonização não é um luxo, com as energias renováveis que são uma grande aposta no PS, como nos transportes coletivos, sendo a ferrovia é um dos eixos centrais; onde a habitação não é um bem de luxo; que tenha um sistema público de pensões que paga pensões dignas a quem trabalhou uma vida inteira”, salientou.

“Temos a ambição de ter um país desenvolvido, onde ninguém é invisível ou descartável ou visto como um fardo; temos a ambição de um país onde os trabalhadores e manuais são tão respeitados como os intelectuais; onde as mulheres não têm de trabalhar mais ou desistirem da carreira para cuidarem da família; país em que todas as crianças são educadas; onde os jovens realizam os seus sonhos de terem as suas casas; onde os mais velhos são respeitados e valorizados depois de uma vida de trabalho com reforma digna; país onde quem trabalha se sinta respeitado, reconhecido e valorizado”, acrescentou o secretário-geral do PS.