O ex-ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, garantiu esta quinta-feira que não é candidato a nenhum cargo político. Numa resposta dada ao deputado social-democrata Paulo Moniz durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP — acompanhe aqui em direto — critica o tom de inquérito e assegura: “Não sou candidato a nada. Vou ser deputado à Assembleia da República a partir do dia 4 de julho”.
O antigo responsável pela pasta das Infraestruturas respondia sobre a CP, numa questão totalmente destoada do objeto da CPI.
“A CP, que eu saiba, não recebeu injeção nenhuma. Nenhuma, senhor deputado”, responde a Paulo Moniz. “Mas posso-lhe dizer o que é”, esclarece. “Quando nós entramos, ou sabemos do que estamos a falar ou então…”
“A CP tem um dívida gigantesca. E uma das minhas lutas foi a dívida da CP. Até à minha saída não o consegui. Já tinha até gerado uma vez uma picardia pública com um ex-ministro das Finanças, quando o engenheiro Freitas se demitiu. Não consegui sair com a dívida sanada – presumo que o processo esteja a avançar entre as Finanças e as Infraestruturas”, continua.
Isto porque a dívida da CP é à Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF). “Não se trata de injetar dinheiro na CP. Trata-se do Estado assumir a dívida e limpar o balanço da CP”; resposta que urge uma exclamação do deputado social-democrata: “Ah!”
“Não é ‘ah’, senhor deputado. Não é ‘ah’ nenhum, que aquilo que disse não aconteceu. Por isso, não é ‘ah’. Não houve nenhuma injeção nem nunca se tratou de injetar dinheiro na CP. É preciso libertar a CP dessa dívida para poder comprar comboios de alta velocidade para a CP no futuro poder operar a nova linha, entre Lisboa e Porto”, concretiza.
“Esse material circulante não pode ser subsidiado pelo Estado”, sublinha.
Sobre a postura do deputado do PSD, que começou o inquérito a classificar Pedro Nuno Santos como um ministo “grisalho, mas jovem, ambicioso”, o ex-ministro responde: “Eu percebo o seu exercício… Quando começou com o conceito e definição de ministro ambicioso. Parecia que estava a falar com um eleitorado. Eu não sou candidato a nada. Vou ser deputado à Assembleia da República no dia 4 de julho”.
“Até chegar à IGF, não havia TAP [nas questões]”, diz a Paulo Moniz, que decidiu questionar sobre a temática da ferrovia – o tema predileto de Pedro Nuno. “Escolheu mal. Podia ter escolhido outros. Escolheu logo a ferrovia. E esse discurso que foi ensaiada, porque foi lido, deve ser… Aprimorado. Mas quem sou eu?”, pergunta retoricamente ao deputado da oposição: “Guardo a ideia do carisma”, atira.
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