Pedro Nuno Santos desafia o Governo a negociar com o Partido Socialista (PS) a descida do IRC e pede mais “humildade” a Luís Montenegro, depois dos resultados das últimas eleições europeias. O secretário-geral do PS lamentou “profundamente a arrogância” da intervenção inicial do primeiro-ministro no debate sobre o Estado da Nação que decorre no parlamento esta quarta-feira.
“Não ouvimos a intervenção de um primeiro-ministro, mas sim de um líder político em combate com o Parlamento e com o país. A derrota nas eleições europeias e as sondagens deviam exigir de si mais humildade, respeito pelo Parlamento e pela democracia. Um primeiro-ministro não exige lealdade, presta contas”, salientou.
Pedro Nuno Santos questionou depois o líder do Governo sobre qual é a visão estratégica que tem para a economia portuguesa e que quer ver a médio prazo em Portugal.
“Aquilo que nós sabemos depois da apresentação do pacote da economia é que tem pelo menos 25% das medidas dedicadas ao sector do turismo, que o Governo quer que no início da década de 30 tenha um peso de 20% do PIB. Nada mais dizem sobre os outros sectores, nós não sabemos aquilo que querem para a economia portuguesa”, sublinhou.
Sobre a redução do IRC para 15%, Pedro Nuno Santos considera que esta medida vai levar a uma perda de 1,5 milhões de euros de receita por ano, que no entender do secretário-geral do PS podiam ser investidos na política económica, na inovação, na internacionalização e formação.
“Mas o Governo decide prescindir. Prescindir para quê? Para quem? A redução do IRC transversal e sem critério é uma medida errada, injusta e ineficaz. Está disponível para repensar com o PS a estratégia e política para o IRC?”, questionou Pedro Nuno Santos.
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