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Pedro Nuno Santos pede “humildade” a Montenegro e desafia Governo a “repensar com PS” descida do IRC

O secretário-geral do Partido Socialista considera que “a redução do IRC transversal e sem critério é uma medida errada, injusta e ineficaz”, e pediu ao primeiro-ministro mais respeito e pelo parlamento e democracia depois de um discurso que classificou de “arrogante”.
epa11244970 Prime Minister-designate Luis Montenegro (L) talks to Socialist Party secretary-general Pedro Nuno Santos (R), at the end of the election for the President of the Assembly of the Republic, who will succeed Augusto Santos Silva, in Lisbon, Portugal, 26 March 2024. EPA/TIAGO PETINGA
17 Julho 2024, 10h18

Pedro Nuno Santos desafia o Governo a negociar com o Partido Socialista (PS) a descida do IRC e pede mais “humildade” a Luís Montenegro, depois dos resultados das últimas eleições europeias. O secretário-geral do PS lamentou “profundamente a arrogância” da intervenção inicial do primeiro-ministro no debate sobre o Estado da Nação que decorre no parlamento esta quarta-feira.

“Não ouvimos a intervenção de um primeiro-ministro, mas sim de um líder político em combate com o Parlamento e com o país. A derrota nas eleições europeias e as sondagens deviam exigir de si mais humildade, respeito pelo Parlamento e pela democracia. Um primeiro-ministro não exige lealdade, presta contas”, salientou.

Pedro Nuno Santos questionou depois o líder do Governo sobre qual é a visão estratégica que tem para a economia portuguesa e que quer ver a médio prazo em Portugal.

“Aquilo que nós sabemos depois da apresentação do pacote da economia é que tem pelo menos 25% das medidas dedicadas ao sector do turismo, que o Governo quer que no início da década de 30 tenha um peso de 20% do PIB. Nada mais dizem sobre os outros sectores, nós não sabemos aquilo que querem para a economia portuguesa”, sublinhou.

Sobre a redução do IRC para 15%, Pedro Nuno Santos considera que esta medida vai levar a uma perda de 1,5 milhões de euros de receita por ano, que no entender do secretário-geral do PS podiam ser investidos na política económica, na inovação, na internacionalização e formação.

“Mas o Governo decide prescindir. Prescindir para quê? Para quem? A redução do IRC transversal e sem critério é uma medida errada, injusta e ineficaz. Está disponível para repensar com o PS a estratégia e política para o IRC?”, questionou Pedro Nuno Santos.

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