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Pedro Pinto retira candidatura e deixa Adão Silva sozinho na corrida a líder parlamentar do PSD

O deputado Pedro Pinto não conseguiu os apoios necessários para concorrer à sucessão de Rui Rio na liderança da bancada ‘laranja’. “Há caminhos que não se fazem sozinho. Por isso, decidi não apresentar a minha candidatura a presidente do grupo parlamentar”, explicou num texto enviado aos 79 deputados do PSD.
  • Adão Silva, vice-presidente do grupo parlamentar do PSD
14 Setembro 2020, 12h50

O deputado e antigo vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD) Pedro Pinto retirou a candidatura à liderança do grupo parlamentar social-democrata. Pedro Pinto não conseguiu os apoios necessários para concorrer à sucessão de Rui Rio na liderança da bancada ‘laranja’ e deixa assim Adão Silva, deputado e atual vice-presidente do grupo parlamentar, sozinho na corrida.

“A minha certeza da necessidade de mudança, que sei que é partilhada por muitos de vós, mantém-se e não esmorecerá em momento algum (…) Mas há caminhos que não se fazem sozinho. Por isso, decidi não apresentar a minha candidatura a presidente do grupo parlamentar“, anunciou Pedro Pinto, numa mensagem enviada aos 79 deputados que constituem o grupo parlamentar do PSD, do qual faz parte.

Pedro Pinto, que sempre se assumiu como crítico de Rui Rio, diz que a sua vontade de mudança na bancada “colide com o receio que todas as mudanças transportam e com o conforto do conhecido, vencendo assim a audácia de alguns, conduzindo à imobilização de todos”, mas vai continuar a defender os valores em que acredita “não deixando, na Assembleia da República e no partido, de por eles lutar intransigentemente”.

“Sei que, por vezes, o nosso tempo não é o tempo da maioria. Sei que nesses momentos é necessário aguardar e caminhar lado a lado. Nesses momentos, ensinou-me a experiência, é necessário aguardar que a audácia vença a inércia e que todos possamos, em conjunto, construir as necessárias transformações para que possamos fazer mais e melhor pelos portugueses”, refere ainda o antigo ‘vice’ do ex-líder Pedro Passos Coelho.

Segundo o regulamento interno do grupo parlamentar do PSD, as listas que concorrem à direção da bancada devem ser subscritas por um mínimo de 5% dos deputados, o que, com a atual geometria parlamentar, corresponde a quatro deputados. Ou seja, as listas que se apresentarem a estas eleições têm de ser subscritas por, pelo menos, quarto deputados, que não podem ser os mesmos que os nomes propostos para a direção.

As eleições para a direção do grupo parlamentar do PSD estão marcadas para esta quinta-feira, dia 17. Os deputados têm até esta terça-feira às 18h00 para apresentarem as listas concorrentes, sendo certo de que haverá pelo menos uma lista liderada por Adão Silva, que contará com o apoio do presidente do PSD, Rui Rio, tal como tinha anunciado em março, antes de a eleição ser adiada devido à pandemia da Covid-19.

Adão Silva deverá manter os nomes que propôs há seis meses, que passam pela recondução dos atuais ‘vices’ (Carlos Peixoto, Luís Leite Ramos, Clara Marques Mendes, Ricardo Baptista Leite e Afonso Oliveira) e pela inclusão da deputada Catarina Rocha Ferreira na vice-presidência.

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