A transição energética em Portugal terá de ser feita em conjunto com a transição digital e uma forte componente tecnológica, além de contar com o suporte do sector privado, projetou o ministro da Economia. Pedro Reis sublinhou a importância da parceria com os privados para a obtenção deste objetivo, bem como de o sector público definir políticas públicas que permitam acelerar esta dinâmica, permitindo que o país seja “um porto seguro” para o investimento.
“A transição verde só será possível de mãos dadas com a digital”, resumiu o ministro na abertura da conferência promovida pelo ‘Financial Times’, em Lisboa, esta terça-feira. Sob o mote “Transforming Portugal’s Economy Through Sustainability and Innovation”, Pedro Reis destacou a necessidade de manter o foco ambiental, mas com um forte alinhamento entre públicos e privados.
Sendo um dos primeiros países a nível mundial a definir objetivos concretos de descarbonização da economia, Portugal tem de valorizar o “papel crucial das parcerias público-privadas”, com o sector público a “fornecer clareza e estabilidade aos investidores privados, ao mitigar riscos e promover incentivos” onde o mercado falhar.
O país dispõe ainda de vantagens comparativas consideráveis, muitas delas expressas na agenda de ‘Relançar a Economia’ desenhada e apresentada pelo atual Ministério da Economia. Aqui incluem-se a produção de energia verde, o reforço planeado das infraestruturas energéticas e a aposta em armazenamento e distribuição, características que colocam Portugal numa posição privilegiada na atual tendência global de reindustrialização e near-shoring.
“Neste contexto de profundas mudanças geopolíticas, com novos padrões a desenharem-se no comércio internacional, […] acreditamos que Portugal pode ser um porto seguro para o investimento”, acrescentou o ministro.
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