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Pep Guardiola apanhado nos ‘Pandora Papers’

Enquanto treinava o Barcelona, o antigo jogador manteve a conta aberta e fora dos radares das finanças. A investigação do Consórcio de jornalistas mostra que Pep Guardiola era ainda procurador de uma sociedade no Panamá que visava esconder a conta em Andorra.
  • Pep Guardiola
4 Outubro 2021, 12h09

O atual treinador do Manchester City é um dos visados nos ‘Pandora Papers’. De acordo com o “El País”, Pep Guardiola era titular de uma conta em Andorra até 2012, tendo aproveitado a amnistia fiscal promovida pelo governo de Mariano Rajoy quando encerrou a conta.

O ícone do FC Barcelona não declarou o dinheiro que mantinha na conta ao Tesouro, sendo que só regularizou a mesma com o perdão fiscal do então primeiro-ministro, aponta o “El País”. Segundo uma fonte próxima do treinador, a conta de Andorra recebia os salários do Al Alhi, clube onde Guardiola jogou entre 2003 e 2005, e recebeu mais de dois milhões de dólares por temporada.

Desta forma, e mesmo enquanto treinava o Barcelona, o antigo jogador manteve a conta aberta e fora dos radares das finanças. No entanto, o consultor fiscal do treinador apontou que Guardiola regularizou um pagamento de meio milhão de euros ao Fisco, cerca de 10% dos juros sobre o dinheiro na conta.

De acordo com a mesma fonte, os assessores do antigo jogador não divulgaram a conta, entretanto encerrada em 2012, uma vez que temiam que as finanças espanholas o obrigassem a pagar impostos, sendo que Guardiola não esteve no país.

Assim, Pep Guardiola viu o seu nome envolvido na investigação ‘Pandora Papers’ do Consórcio Internacional de Jornalistas.

Outra descoberta do Consórcio foi que Guardiola também terá mantido a empresa ‘Repox Investments’ sediada no Panamá entre 2007 e 2012, sido procurador da sociedade da mesma. Segundo a investigação, a empresa foi constituída em 2007, depois de Guardiola se retirar do futebol profissional enquanto jogador e ainda quatro meses antes de começar a treinar a equipa B do Barcelona.

A investigação nota que a ‘Repox Investments’ atuava como uma sociedade ‘fantasma’, para ocultar o verdadeiro titular dos fundos da conta de Andorra, tendo sido uma iniciativa do próprio banco.

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