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Petrobras pagou o maior dividendo entre petrolíferas no segundo trimestre

Estatal brasileira foi a 13ª melhor pagadora global num trimestre recorde na remuneração a acionistas. Distribuiu 3,7 mil milhões de euros.
16 Setembro 2024, 07h30

Petrobras foi a petroleira que mais pagou dividendos a acionistas no segundo trimestre de 2024, de acordo com o levantamento feito pela consultora Janus Henderson. A petrolífera distribuiu 4,1 mil milhões de dólares (cerca de 3,7 mil milhões de euros), figurando em 13° lugar na lista das maiores pagadoras globais.

O estudo é feito trimestralmente com a análise dos dividendos de 1.200 empresas em todo o mundo. A edição divulgada na semana passada mostra um novo recorde na remuneração dos acionistas, com um total de 606 mil milhões de dólares (cerca de 546 mil milhões de euros) distribuídos.

A Petrobras já ocupou o segundo lugar na lista em 2022, mas ficou fora do top 20 no ano passado. No segundo trimestre de 2024, foi a única petroleira entre as 20 maiores pagadoras de dividendos, num ranking liderado pelo banco britânico HSBC.

Os dividendos da Petrobras foram tema da campanha eleitoral de 2022 após distribuição de valores recorde numa altura de alta dos preços dos combustíveis para os brasileiros. Foi alvo do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e chegou a ser criticada até pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Após o início do governo Lula, a empresa estatal alterou sua política de remuneração aos acionistas, reduzindo de 60% para 45% a parcela do fluxo de caixa livre destinada aos dividendos.

Ainda assim, o tema voltou a gerar polémica com a divulgação do resultado financeiro da empresa em 2023, quando a administração, então comandada por Jean Paul Prates, sugeriu a distribuição de todo o lucro excedente do ano, um valor que chegava a 44 mil milhões de reais (cerca de 7,1 mil milhões de euros).

Com aval dos ministérios de Minas e Energia e da Casa Civil, a proposta foi derrubada por representantes do governo no conselho de administração da empresa, dando início a uma crise que culminou com a demissão de Prates e a indicação de Magda Chambriard para presidir à companhia.

 

 

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