Até há bem pouco tempo, o termo utilizado era “excesso de oferta” mas perante o excesso de petróleo nos principais mercados produtores, os especialistas viram-se obrigados a encontrar uma outra designação que faça jus ao que se passa: agora, o termo é superexcesso.
Aparentemente, está a sobrar petróleo um pouco por todo o mundo (em poucos meses, os inventários globais de petróleo bruto terão disparado em mais de 200 milhões de barris, de acordo com estimativas da Agência Internacional de Energia) e a este ritmo em que sobram 1,9 milhões de barris de crude no mercado, em 2026 este número pode chegar aos quatro milhões de barris em excesso.
Com a produção de petróleo bruto a estender-se a cada vez mais países, e naturalmente com maior quantidade, a verdade é que os especialistas verificam que a procura não está a corresponder a esse excesso de produção
Recorda o “El Economista” que um analista da Agência Internacional de Energia apontava há uns dias que “o mercado petrolífero mundial poderá estar num ponto de inflexão perante o surgimento de indícios de um excesso de oferta significativa.
Apesar do excesso, os preços do crude mantiveram-se resilientes já que de acordo com os analistas, a maior acumulação de petróleo concentrou-se sobretudo em áreas com menor influência direta na definição dos preços. No entanto, o aumento repentino da oferta do Médio Oriente (sobretudo na OPEP) e América aponta um excedente já considerado insustentável de quase quatro milhões de barris diários em 2026.
E é aqui que chegamos a um novo termo no mercado petrolífero: o “superexcesso de oferta”. Saad Rahim, economista-chefe da Trafigura, operador independente de mercadorias e matérias-primas, especializado nos mercados de petróleo, minerais e metais, reconheceu, citado pelo “El Economista” que os novos projetos de perfuração e a desaceleração do crescimento da procura irão provavelmente afetar ainda mais os já deprimidos preços do crude no próximo ano.
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