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Petróleo: excesso de oferta já era; especialistas já falam em “superexcesso”

Está a sobrar petróleo um pouco por todo o mundo. A este ritmo, em que sobram 1,9 milhões de barris de crude no mercado por dia, em 2026 este número pode chegar aos quatro milhões de barris em excesso.
10 Dezembro 2025, 09h28

Até há bem pouco tempo, o termo utilizado era “excesso de oferta” mas perante o excesso de petróleo nos principais mercados produtores, os especialistas viram-se obrigados a encontrar uma outra designação que faça jus ao que se passa: agora, o termo é superexcesso.

Aparentemente, está a sobrar petróleo um pouco por todo o mundo (em poucos meses, os inventários globais de petróleo bruto terão disparado em mais de 200 milhões de barris, de acordo com estimativas da Agência Internacional de Energia) e a este ritmo em que sobram 1,9 milhões de barris de crude no mercado, em 2026 este número pode chegar aos quatro milhões de barris em excesso.

Com a produção de petróleo bruto a estender-se a cada vez mais países, e naturalmente com maior quantidade, a verdade é que os especialistas verificam que a procura não está a corresponder a esse excesso de produção

Recorda o “El Economista” que um analista da Agência Internacional de Energia apontava há uns dias que “o mercado petrolífero mundial poderá estar num ponto de inflexão perante o surgimento de indícios de um excesso de oferta significativa.

Apesar do excesso, os preços do crude mantiveram-se resilientes já que de acordo com os analistas, a maior acumulação de petróleo concentrou-se sobretudo em áreas com menor influência direta na definição dos preços. No entanto, o aumento repentino da oferta do Médio Oriente (sobretudo na OPEP) e América aponta um excedente já considerado insustentável de quase quatro milhões de barris diários em 2026.

E é aqui que chegamos a um novo termo no mercado petrolífero: o “superexcesso de oferta”. Saad Rahim, economista-chefe da Trafigura, operador independente de mercadorias e matérias-primas, especializado nos mercados de petróleo, minerais e metais, reconheceu, citado pelo “El Economista” que os novos projetos de perfuração e a desaceleração do crescimento da procura irão provavelmente afetar ainda mais os já deprimidos preços do crude no próximo ano.


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