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Pfizer quer reforço da vacina contra a Covid-19 “por todo o mundo”

A EMA já autorizou doses de reforço da Pfizer / BioNTech apenas para pessoas com 65 anos ou mais, mas a dupla de parceiras quer que as doses de reforço sejam administradas por todo o mundo.
21 Outubro 2021, 18h54

Uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Pfizer e a parceira alemã BioNTech demonstrou eficácia de 95,6% contra o vírus, incluindo a variante Delta. Como tal, o diretor executivo da Pfizer quer que estas doses sejam “implementadas por todo o mundo”.

As conclusões foram obtidas a partir de um estudo das empresas que foi realizado e divulgado, em comunicado, esta quinta-feira, onde participaram mais de 10 mil indivíduos com 16 anos de idade ou mais.

Segundo o comunicado: “Uma dose de reforço, administrada a indivíduos que receberam anteriormente as duas primeiras doses da Pfizer-BioNTech, aumentou a proteção contra a Covid-19, demostrando uma eficácia relativa de 95,6% em comparação aos utentes que não receberam um reforço”.

“Estes resultados fornecem mais provas dos benefícios das doses de reforço, pois o nosso objetivo é manter as pessoas protegidas contra esta doença”, disse Albert Bourla, presidente do conselho e diretor executivo da Pfizer.

Albert Boula defende que a administração de três doses da vacina da Pfizer/BioNTech tem “um papel crítico a desempenhar no tratamento desta pandemia que continua a ameaçar a saúde pública. O diretor executivo da Pfizer adiantou ainda que vai partilhar a informação do estudo “com as autoridades de saúde” para que possam “trabalhar juntos para decidir se as doses de reforço podem ser implementadas por todo o mundo”.

Por sua vez, o cofundador da BioNTech Ugur Sahin referiu que os resultados do estudo sugerem “que uma dose de reforço da nossa vacina pode ajudar a proteger um amplo grupo de pessoas contra este vírus e as suas variantes”.

“Com base nestas descobertas, acreditamos que, além do amplo acesso global às vacinas para todos, as vacinações de reforço podem desempenhar um papel importante na contenção da pandemia e no regresso à normalidade”, sublinhou Ugur Sahin.

Esta quinta-feira foi ainda divulgado pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) que a decisão sobre a administração da vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech em crianças entre os cinco e o onze anos deve ser conhecida no final de 2021. De recordar que a EMA já autorizou doses de reforço da Pfizer / BioNTech apenas para pessoas com 65 anos ou mais.

Os resultados do ensaio surgem um dia depois de a agência federal do Departamento de Saúde dos EUA (FDA) ter autorizado doses de reforço das vacinas contra a Covid-19 da Moderna e da Johnson & Johnson.

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