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Pfizer sobe ‘outlook’ apesar da queda de 60% nos lucros do primeiro semestre

No segundo trimestre, as receitas da farmacêutica norte-americana foram recorde: 13,28 mil milhões de dólares (12,26 mil milhões de euros), após uma subida homóloga de 2%. Só o medicamento Paxlovid, para a Covid-19, gerou 251 milhões em vendas nesses três meses.
19 – Pfizer
30 Julho 2024, 13h25

A Pfizer reportou esta terça-feira receitas e lucros acima das expectativas dos analistas e elevou a perspetiva (outlook) para este ano. O “medicamento” financeiro capaz destes resultados foi uma combinação entre o programa de redução de custos da empresa e mais vendas do comprimido Paxlovid, que é administrado em casos de Covid-19, do que o previsto.

Apesar desta performance, em termos de resultados líquidos trimestrais e semestrais, a queda foi a dois dígitos. Os lucros da primeira metade de 2024 tombaram 60% para 3,16 mil milhões de dólares (2,92 mil milhões de euros) e os lucros do segundo trimestre de 2024 afundaram 98% para 41 milhões de dólares (38 milhões de euros).

No segundo trimestre, as receitas foram recorde: 13,28 mil milhões de dólares (12,26 mil milhões de euros), após uma subida homóloga de 2%. Só o Paxlovid gerou 251 milhões de dólares em vendas nesses três meses, mais 76% do que o mesmo período do ano anterior, devido ao aumento da procura nos mercados internacionais por causa das infeções por coronavírus.

O presidente e CEO da farmacêutica norte-americana disse que a empresa está a avançar nas prioridades estratégicas para 2024 “através de uma execução sólida”. “Estou satisfeito com o forte desempenho do nosso portefólio de produtos no segundo trimestre, liderado por vários dos nossos produtos adquiridos, principais marcas em linha e lançamentos comerciais recentes. Notavelmente, alcançámos um crescimento excecional no nosso portefólio de Oncologia, com uma forte contribuição de receitas dos nossos produtos do legado da Seagen”, referiu Albert Bourla.

O diretor financeiro e vice-presidente executivo da Pfizer destacou que este foi o primeiro trimestre de crescimento nas receitas desde o quarto trimestre de 2022, quando as vendas da Covid-29 atingiram o pico.

“É importante salientar que o forte crescimento de 14% na receita operacional dos nossos produtos não-Covid no segundo trimestre demonstra o nosso foco contínuo na execução comercial. Apoiados na nossa prioridade estratégica declarada de realinhar a nossa base de custos, continuamos a progredir no nosso programa de realinhamento de custos”, acrescentou David Denton, na mensagem publicada com o relatório e contas.

A farmacêutica com sede em Nova Iorque espera agora registar um lucro ajustado de 2,45-2,65 dólares por ação e obter receitas num intervalo de 59,5-62,5 mil milhões de dólares, onde se incluem cerca de cinco mil milhões de dólares vindas da vacina contra a Covid-18 e 3,5 mil milhões do Paxlovid.

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