O procurador-geral da República admitiu esta quinta-feira que a prevenção e investigação da corrupção já não passa apenas pela criação de instrumentos legislativos e por mais meios, mas também pela utilização de ferramentas de inteligência artificial.
“Até aqui, a discussão relativa às medidas para prevenir e investigar a corrupção centrava-se, e ainda se centra, em soluções de criação de instrumentos, designadamente legislativos, ou meios ao dispor da Polícia Judiciária, do Ministério Público ou do MENAC [Mecanismo Nacional Anticorrupção]”, começou por dizer Amadeu Guerra, durante o II Fórum sobre Inovação na Promoção da Integridade e da Transparência, promovido pelo MENAC.
No entanto, considerou o procurador-geral da República, “surgem novas perspetivas complementares de análise”, de inteligência artificial, que vêm juntar-se aos “métodos clássicos”.
A propósito do tema da inteligência artificial na prevenção e no combate à corrupção, Amadeu Guerra reconheceu os benefícios que a área da justiça pode ter com novas ferramentas, mas alertou que é preciso assegurar que “é o utilizador, e não a máquina, que possui controlo sobre a estratégia, o caminho e a decisão final”.
Para que as novas ferramentas sejam utilizadas de forma eficaz, alertou o procurador-geral da República, a formação e a capacitação de quadros é fundamental.
“Uma coisa é certa: Temos de estar atentos para evitar que a revolução tecnológica em curso não nos ultrapasse”, disse ainda Amadeu Guerra.
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