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Pharol com lucros de 2,12 milhões no primeiro semestre

“Depois de um ano extraordinário de 2024 no que diz respeito a lucros e a reforço dos capitais próprios, o início de 2025 voltou a apresentar resultado positivo para a Pharol”, diz o presidente Luis Palha da Silva.
Luís Palha da Silva, CEO da Pharol
25 Julho 2025, 17h01

A Pharol apresentou um resultado líquido positivo de 2,12 milhões de euros, refletindo ganhos financeiros, incluindo 547 mil euros de rentabilidade nas carteiras de investimento e juros, reembolsos fiscais de 2,4 milhões de euros e custos operacionais controlados, totalizando 938 mil euros, ou seja 1% de crescimento em comparação com igual período do ano anterior.

Em junho de 2024 a empresa teve prejuízos de 200 mil euros.

“Depois de um ano extraordinário de 2024 no que diz respeito a lucros e a reforço dos capitais próprios, o início de 2025 voltou a apresentar resultado positivo para a Pharol”, diz o presidente Luís Palha da Silva.

O reforço dos capitais próprios para 94,29 milhões de euros, continuando a trajetória ascendente face a dezembro de 2024, é também destacado.

A ex-PT SGPS diz que o valor recuperável dos instrumentos Rio Forte mantém-se em 51,9 milhões de euros.

O CEO, Luís Palha da Silva, diz que “se, por um lado, muito provavelmente os reembolsos fiscais que totalizaram 2,4 milhões não serão repetíveis, os sucessos alcançados neste primeiro semestre na gestão de tesouraria e no controlo dos custos operacionais deixam antever uma estabilização do desempenho financeiro da Pharol ao longo do ano e no futuro a
médio prazo”.

“No que diz respeito ao contencioso jurídico que mantemos em várias frentes em Portugal e no Luxemburgo, embora não tenha havido avanços significativos durante este período inicial, existem perspectivas de alguns passos mais rápidos na segunda metade do ano, estando previstas sessões de julgamento no Luxemburgo para novembro e eventuais
decisões ainda em 2025 ou no início de 2026″, revela o CEO.

“A situação de tesouraria, beneficiada pelo acordo celebrado em 2024, que permitiu a atribuição definitiva à Pharol da generalidade dos reembolsos fiscais passados e futuros, abre portas para a eventual diversificação de investimentos, na linha do já transmitido aos Acionistas em Assembleia Geral e através dos mais recentes Relatórios e Contas”, conclui.

O EBITDA recorrente da Pharol continua negativo em 900 mil euros. O ativo ascende a 95,6 milhões de euros e o passivo a 1,3 milhões. O capital próprio soma 94,3 milhões de euros.

A 30 de junho de 2025, a Pharol detinha como principais ativos os instrumentos de dívida da Rio Forte Investments com um valor nominal de 897 milhões de Euros e atualmente valorizados em 51,9 milhões de euros; o investimento nas carteiras de ações e obrigações no valor de 27,4 milhões de euros; caixa e equivalentes de caixa no valor de 15 milhões de euros; e 59.258 ações ordinárias da Oi, representativas de 0,02% do respetivo capital social (sem ações de tesouraria), com o valor de 6 mil euros.

Os instrumentos de dívida da Rio Forte, cujo processo de falência iniciado em dezembro de 2014 continua a decorrer nos tribunais do Luxemburgo, mantêm-se avaliados pelo valor de recuperação de 5,79% do seu valor nominal e ascendem a 51,9 milhões de euros. Durante primeiro semestre de 2025 não se verificou nenhuma ocorrência relevante que justifique uma revisão do seu valor de recuperação.

Existem também, relacionados com o investimento efetuado na Rio Forte, outros processos abertos contra os ex-
Administradores e o ex-Auditor externo que se encontram a decorrer nas instâncias portuguesas.

As carteiras de investimento que a Pharol subscreveu em agosto de 2022 (10 milhões de euros) e reforçou em agosto de 2023 (15 milhões de euros) são compostas por investimento em ativos financeiros que incluem maioritariamente grupos de ativos de Obrigações e Ações de empresas cotadas.

Em 30 de junho de 2025, o valor global destas carteiras ascende a 27,4 milhões de euros, tendo-se registado um incremento de 390 mil euros face ao valor a 31 de dezembro de 2024.

Após a compra de 39,7% da Oi em 2014, a Pharol realizou várias operações que alteraram significativamente a sua participação na empresa.

Em 2015, depois da conversão voluntária de ações preferenciais em ordinárias, passou a deter 27,18% do capital total da Oi, com direito de voto limitado a 15%. Em 2016, a Oi entrou em processo de Recuperação Judicial, e o aumento de capital decorrente do plano de recuperação diluiu a participação da Pharol para 6,88% em 2018 e para 5,51% em 2019, mesmo com a subscrição parcial do aumento de capital.

A partir de 2020, a Pharol iniciou a venda progressiva das suas ações da Oi, reduzindo a participação para 5,37%. Entre 2021 e 2024, seguindo uma estratégia de rotação de ativos, continuou a alienar ações, reduzindo a participação sucessivamente para 2,2% em 2022, 0,18% em 2023 e 0,02% em 2024.

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