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Philippe Vergne é o novo Diretor do Museu de Arte Contemporânea de Serralves

O Museu de Serralves vai ter como diretor o ex-responsável pelo Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles (MOCA). Philippe Vergne chega a Serralves com uma experiência de 25 anos de liderança em várias instituições internacionais.
  • Foto Cedida
27 Fevereiro 2019, 15h14

O Conselho de Administração da Fundação de Serralves nomeou Philippe Vergne para o cargo de Diretor do Museu de Arte Contemporânea de Serralves. Em comunicado a Fundação Serralves diz que Philippe Vergne assumirá as suas novas funções em abril de 2019.

Substitui assim o anterior diretor artístico do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, João Ribas.

“Com uma sólida carreira, desde sempre ligada à arte contemporânea, Philippe Vergne liderou algumas das mais prestigiadas instituições de arte dos Estados-Unidos e da Europa. Mais recentemente, nos últimos 4 anos, foi o Diretor do Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles (MOCA)”, revela Serralves.

Philippe Vergne detém uma forte reputação internacional alicerçada na marca da sua intervenção nos vários museus onde trabalhou. Antes de liderar o MOCA de Los Angeles, foi Diretor do Dia Art Foundation de Nova York durante cinco anos e Diretor Adjunto e Curador Chefe do Walker Art Center em Minneapolis, onde trabalhou durante uma década, tendo organizado mais de 25 exposições internacionais, programas de residências artísticas, integrando ainda a equipa que liderou o plano de expansão da instituição com projeto de arquitetura do gabinete Herzog & de Meuron. Na Europa, Philippe Vergne deixou a sua marca como primeiro Director do Museu de Arte Contemporânea de Marseille (MAC).

A sua nomeação para Serralves surge na sequência de “um processo de seleção internacional, com entrevistas a candidatos de várias partes do mundo, no qual o Conselho de Administração de Serralves foi assessorado por um grupo de prestigiados diretores de museus, nomeadamente, Frances Morris, Diretora do Tate Modern, em Londres; Suzanne Cotter, Diretora do MUDAM, no Luxemburgo; Jochen Volz, Diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo; Laurent Le Bon, Presidente do Museu Nacional Picasso, em Paris; e Vicente Todoli, Diretor Artístico do Pirelli Hangar Bicocca, em Milão”, explica a instituição liderada por Ana Pinho.

O Conselho de Administração e os seus assessores foram unânimes na escolha de Philippe Vergne para assumir a Direção do Museu de Arte Contemporânea de Serralves.

“Philippe Vergne junta-se a Serralves com um profundo conhecimento da arte e cultura contemporâneas bem como da gestão de museus. Philippe Vergne, um notável curador, traz uma visão artística sólida e inspiradora não só para o Museu e para a Coleção, mas também para o extraordinário património da Fundação de Serralves e do seu parque histórico. Philippe Vergne é internacionalmente reconhecido entre artistas, profissionais de arte e patronos, e a sua nomeação abre um novo e significativo capítulo para Serralves, no excecional momento em que celebramos os 30 anos da sua criação”, refere Ana Pinho, Presidente do Conselho de Administração de Serralves.

“O Museu de Serralves é um dos mais respeitados museus de arte contemporânea do mundo. É uma honra fazer parte de um museu cujo compromisso para com a comunidade artística internacional, nas suas várias disciplinas, é contínuo e rigoroso mantendo, ao mesmo tempo, os mais elevados padrões.”, diz, por seu turno, Philippe Vergne.

“Philippe Vergne é também reconhecido pela sua estreita relação com artistas e profissionais de instituições culturais e museus internacionais”, diz ainda a administração  o museu do Porto. No MOCA, “Vergne reestruturou o programa e desenvolveu um plano estratégico de longo prazo para o museu; apresentou uma linha robusta de exposições de destacados artistas plásticos como Sturtevant, Hito Steyerl, Andy Warhol, Kerry James Marshall, Carl Andre, R.H. Quaytman, Adrián Villar Rojas, Cameron Rowland, Anna Maria Maiolino, Mickalene Thomas, Zoe Leonard, e Laura Owens, entre muitos outros. Foi ainda responsável por grandes aquisições para a coleção permanente do museu, incluindo importantes obras de Kara Walker, Haegue Yang, Matthew Barney, Catherine Opie, Andreas Gursky, Njideka Akunyili Crosby, Jean-Luc Molène, Barbara T. Smith, Ana Mendieta, Wolfgang Tillmans, Jac Leirner e Glenn Ligon, entre outros”.

A passagem de Vergne pelo Dia Art Foundation de Nova York foi marcada ainda pela consolidação do currículo artístico e de exposições da instituição, “tendo organizado mostras e intervenções como o Gramsci Monument de Thomas Hirshhorn instalado no Bronx em Nova York; Jean-Luc Molène Survey Show; e a iniciação do Allora and Calzadilla Puerto Rican Light project em Cueva Vientos, Porto Rico. A sua ação foi igualmente determinante no projeto de conservação de Walter de Maria Lighting Fields no Novo México, que incluiu a aquisição de uma vasta área de terrenos adjacentes à obra para a sua proteção”, lê-se no comunicado.

Desde 1992, como diretor ou como curador, Vergne tem concebido e organizado exposições monográficas e temáticas coletivas em grandes instituições de todo o mundo

Vergne licenciou-se em direito na Universidade Pantheon-Assas, Paris II, e em arqueologia e história de arte moderna pela Universidade de Paris IV, Sorbonne, onde continuou os seus estudos em história de arte, obtendo um mestrado e um Diplôme d’Etudes Approfondies.

Em 2014, Vergne foi condecorado com a Légion d’Honneur em reconhecimento pelos seus 24 anos de serviço à arte. Philppe Vergne recebeu ainda a distinção de Chevalier dans l’Ordre des Arts et des Lettres, concedida pelo governo francês em 2004.

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